Biografias

Quem foi Martin Heinrich Klaproth?

Conheça o pesquisador e cientista que fez grandes contribuições para o desenvolvimento da química e mineralogia.

Martin Heinrich Klaproth foi um químico e mineralogista alemão que nasceu em 01 de dezembro de 1743 (Wernigerode Brandenburg) e faleceu em 01 de janeiro de 1817 em Berlim.

Segundo filho de um químico, sua inclinação natural para a ciência era animada pelo pai. Sua infância foi cercada por elementos que o entusiasmaram a seguir a profissão.

Na adolescência, uma tragédia abalou a família Klaproth: Um incêndio reduziu a cinzas a propriedade familiar.

O jovem Klaproth se viu obrigado a buscar maneiras de custear seus estudos. Assim, entre 1750 e 1763, dedicou-se a cantar no coral da igreja local, ganhando seus estudos como pagamento.

O curso escolhido foi farmácia, que unia seu interesse pela química com a saúde humana.

Seu envolvimento com a igreja era profundo. De fato, seu irmão mais velho já seguia a carreira eclesiástica, e Martin também pensou em ir para o seminário.

Felizmente para a história, a farmácia falou mais alto. O jovem estudante desistiu por completo da ideia de se tornar um padre e optou por uma vaga como aprendiz de farmacêutico.

Em meados de 1780, já com boa experiência em sua profissão, Martin Klaproth decidiu abrir seu próprio laboratório farmacêutico.

A nova empreitada não veio só: Pouco tempo depois, em 1782, recebeu o convite para tornar-se professor um uma renomada escola de medicina em Berlim.

Martin Klaproth era conhecido entre alunos e colegas por ser muito minucioso em seus estudos. Era um mestre exigente e íntegro, buscando sempre a qualidade de informações.

Aos 67 anos, lecionando na faculdade de medicina por mais 28 anos, assumiu as aulas de química da Universidade local.

Seus estudos foram muito produtivos ao longo dos anos. Klaproth foi o mentor responsável por diversas descobertas importantes para sua área.

Admirador dos métodos qualitativos se tornou símbolo das doutrinas de Antoine Lavoisier fora da França e com isso é considerado por muitos como pai da química analítica.

Entre suas contribuições notáveis para a ciência estão a descoberta dos elementos urânio e zircônio e importantes otimizações e sistematização de métodos de química analítica e mineralogia.

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Além disso, ele foi também o primeiro a aplicar a química na arqueologia, favorecendo a datação de peças.

No entanto, seu espírito altruísta o tornava desapegado da fama e renome. Muitas dessas descobertas foram creditadas a outros químicos de sua equipe.

Após seu falecimento, foram descobertos documentos completos criados por ele, com descrições precisas sobre a química do corpo humano e estudos gerais sobre química orgânica e inorgânica.

Uma trajetória digna de um mestre!

As descobertas que mudaram o rumo da química e mineralogia

  • 1788: Demonstra a composição da calcita e aragonita que são variações cristalinas do carbonato de cálcio CaCO 3.
  • 1789: Ele descreve o Urânio e Zircônio. Ambos na época não conseguiu isolar o estado metálico da substância, cientistas baseados em seus estudos posteriormente conseguiram o feito.
  • 1792: Após a análise do elemento químico rutilo ele descobriu o titânio ( nome dado em homenagem aos titãs da mitologia grega).
  • 1793: Descoberta do estrôncio na estroncianita.
  • 1797:Consegue isolar o Cromo.
  • 1798: Extrai do minério a base de silvanita o elemento que deu o nome de telúrio.
  • 1803: Ele independentemente descobre o Cério.

Obras publicadas

Seus trabalhos serviram de inspiração para as gerações posteriores e seu legado pode ser encontrado em algumas publicações como:

  • Beitrage zur chemischen Kenntniss der Mineralkörper (5 vols., 1795-1810)
  • Chemische Abhandlungen gemischter Inhalts (1815).
  • Chemisches Wörterbuch (1807-1810 )
  • Revisou e editou a obra de F. A. C. Gren Handbuch der Chemie (1806).

É fato que sua contribuição foi ímpar ao mundo científico e suas descobertas impactam o modo que a química e mineralogia foram e são estudadas.

Por isso tal feito não poderia ficar sem reconhecimento em 1795 foi eleito membro da Royal Society.

E em 1804 torna-se membro estrangeiro da Academia Real das Ciências da Suécia.

Ambas instituições que reúnem os principais nomes da ciência em nível global.

Por sua notoriedade científica uma cratera na Lua foi nomeada de Klaproth em sua homenagem, mais que merecido!

Dá para notar que Martin Heinrich Klaproth contribui significativamente para a ciência, muitas descobertas seguintes foram possíveis por seu trabalho.

E elementos que ele descobriu fazem parte da nossa vida e estão entre as maiores descobertas dos últimos séculos.

Então palmas para Martin Heinrich Klaproth!!!!