Biografias

Karl Wilhelm Scheele

Nascido em 9 de dezembro de 1742, em Stralsund (Pomerânia sueca, atual Alemanha), Karl Wilhelm Scheele cresceu em uma família de onze filhos e estava destinado a ser carpinteiro, mas acabando seguindo outra profissão.

O jovem Karl não recebeu educação formal e nenhum treinamento científico. Aos 14 anos ele foi aprendiz de um farmacêutico em Gotemburgo. Ele desenvolveu seu interesse em química durante seus oito anos de aprendizado.

Dotado de uma mente inquieta, ele leu todos os livros de química que estavam à sua disposição na época. Quando em 1765 mudou-se para Malmoe, para trabalhar em outra farmácia, ele tinha mais experiência e conhecimento do que muitos químicos da época.

Nos laboratórios de farmácias em que trabalhou, ele realizou experimentos incríveis com seu talento natural para a pesquisa empírica, sem nunca abandonar seu trabalho profissional, da qual ele era muito orgulhoso.

Em 1770, ele foi para Uppsala, onde conheceu pessoalmente o grande químico Bergman. Nesta cidade, Scheele fez sua descoberta mais importante: a existência de oxigênio no ar. Ele concluiu que este elemento, chamado por ele de “ar de fogo”, era, como o flogisto, um componente de calor e luz.

Karl Wilhelm Scheele desenvolveu um grande número de excelentes métodos analíticos e foi o primeiro a descobrir que o mesmo metal pode ter diferentes estados de oxidação. Ele descobriu e identificou vários outros elementos e isolou muitos compostos químicos.

Ele delimitou as propriedades e composição do cianeto de hidrogênio e dos ácidos cítrico, málico, oxálico e gálico.

Em 4 de fevereiro de 1775, Karl Wilhelm Scheele foi eleito membro efetivo da Royal Academy of Sciences. Nesse mesmo ano, ele instalou sua própria farmácia em Köping. Desta forma, ele foi capaz de dedicar mais tempo à experimentação.

A cada ano ele publicava dois ou três artigos nos jornais da academia, a maioria dos quais continha alguma descoberta ou observação importante.
Em 1782, recomendou que o vinagre fosse fervido e colocado em recipientes fechados, descobrindo um método de esterilização. Ele também descobriu a ação da luz em sais de prata, que se tornou a base da fotografia moderna.

As descobertas de Scheele não eram uma questão de acaso e sim o resultado de experiências cuidadosamente planejadas que conectavam pontos de vista teóricos exatos. Para ele, a química era ao mesmo tempo uma ciência analítica e sintética.

Karl Wilhelm Scheele estava no auge de sua carreira quando morreu, em 21 de maio de 1786, aos 43 anos de idade.

Como outros farmacêuticos de sua época, Scheele geralmente trabalhava em condições muito perigosas. Acredita-se que sua morte ocorreu devido a uma exposição prolongada a substâncias altamente tóxicas, como ácido arsênico, cianeto de hidrogênio e mercúrio. Dois dias antes de morrer, ele se casou com a viúva Pohls, que herdou a farmácia e seus pertences.

Em 1931, foi publicado a compilação de artigos de Karl Wilhelm Scheele. O mineral Scheelita (composto de cálcio e tungstato), foi uma homenagem ao seu nome.