Antropologia Física
A antropologia física, também chamada de antropologia biológica, tem relação com todos os atributos biológicos e comportamentais dos seres humanos e de seus ancestrais, como, por exemplo, os primatas. É uma área de estudo importante, pois apresenta uma análise profunda do homem sob o ponto de vista biológico, ou seja, como o ser humano evoluiu e passou por diversas transformações físicas.
O objetivo da antropologia física como ciência é estudar a evolução do homem. Os pesquisadores utilizam conhecimentos e descobertas da evolução física, biológica e natural dos seres humanos para compreender o caminho histórico desde a origem da espécie até os dias de hoje, com foco principal na evolução dos traços físicos e da fisiologia do corpo humano.
Os estudos estão sempre centrados em questões biológicas para chegar a respostas sobre a vida na Terra. A antropologia física envolve muitos estudos sobre questões sociais e sobre biologia.
O profissional que atua nesta área é chamado de antropólogo físico. A formação para trabalhar no segmento consiste em uma graduação de Ciências Sociais ou Ciências Biológicas. Existem também alguns cursos de pós-graduação mais específicos, como o de Bioantropologia.
A importância da antropologia física
A antropologia física é importante por nos fazer entender o longo caminho de evolução da espécie humana. Essa área de estudo ganhou corpo no século XIX, com a realização das primeiras pesquisas sobre a origem do homem na Terra. Os estudos levavam em consideração as diferenciações físicas entre os povos, dando à ciência uma noção exata sobre a diversidade biológica dos seres humanos.
O pesquisador Johann Blumenbach é considerado o fundador da antropologia física. Sua primeira obra sobre o tema foi lançada em 1925, chamada “Manual dos Elementos da História Natural”.
Outro livro importante nesta área foi lançado em 1959. A “Origem das Espécies”, de Charles Darwin, foi um marco para o universo científico. O estudioso lançou a teoria da seleção natural das espécies, pela qual, na luta pela sobrevivência, permanece a espécie mais apta.
Os estudos sobre diversidade biológica entre os seres humanos e sobre a evolução das espécies deram origem a uma nova área de pesquisa, chamada de evolucionismo antropológico. Na época dos grandes descobrimentos, diversos etnógrafos viajavam para analisar as informações sobre as populações descobertas em novas terras. Infelizmente, com isso também surgiram as teorias racistas, que indicavam a existência de raças superiores.
Com o passar dos anos, já no século XX, o antropólogo Franz Boas lançou um estudo contestando qualquer teoria racista e dizendo que é a cultura que constrói a identidade do homem e não sua biologia.
Hoje, a antropologia física está focada apenas em estudar a origem, a evolução, as mudanças físicas e variações da espécie humana ao longo da história da humanidade. Esse campo de estudo tem subáreas, como, por exemplo, a paleoantropologia, a antropologia forense, a antropologia nutricional, a primatologia, entre outras.
Veja também: