Geografia

O Mundo Burguês

A burguesia vai ter sua hegemonia no século XIX, sendo que seu poder era totalmente diferente dos antigos senhores de terras, implicando assim, em um exercício de poder “esquematizado” numa rede.

Essa classe poderia ser descrita em um corpo de pessoas com poder e influência, independente do poder e influência derivados do nascimento ou status.

O mundo burguês era de certa forma contraditório, existia a separação do público e privado que era produto da ascensão da classe burguesa, tendo em vista que o privado demonstrava a importância do individuo na sociedade e também amparava esses indivíduos dos problemas existentes e oriundos dessa nova forma de organização social.

Nós podemos observar que no mundo burguês existia o poderoso elemento a sexualidade que se acirrava com a moral imposta principalmente pelos protestantes, observamos uma sociedade patriarcal deixando a mulher excluída da vida pública, ocupando assim a esfera privada (lar).

As artes apresentavam o pragmatismo e a funcionalidade, por exemplo, em 1830, existiu uma moda dos “quadros”.

Leva-se ao salão um quadro bem grande, coberto por um pano atrás do qual se agrupam pessoas vestidas como heróis que devem representar.

A vida privada(o lar) é o refúgio onde os homens descansam do trabalho e do mundo exterior.

Para os burgueses o “ter” representava o “ser”, tendo em vista que a idéia e o espírito dependiam terminantemente da matéria.

Outro fator que vem comprovar são os objetos utilizados pelos burgueses, luxuosos e com preços exarcerbados, expressavam conforto sendo símbolos de status e sucesso.

A sociedade burguesa apresentava-se patriarcal, a família era considerada sua unidade básica, além de ser a base do sistema de propriedade e das empresas de comércio; é o elo que liga o sistema de poder que se dar a partir da influência.

Uma casa dentro dos padrões burgueses é direcionado pelo homem, enquanto a mulher é encarregada de fazer funcionar a vida privada tanto na intimidade familiar, cerimônias cotidianas das refeições e serões junto à lareira, quanto nas relações da família com o mundo exterior, organização da sociabilidade, visitas, recepções.

Aos homens, cabia a vida pública, o “mundo dos negócios”.

A arte no mundo burguês era prática, funcional e pragmática. Na metade do século XIX, as obras, objetos iam a leilão.

A arte era análoga a ciência ganhavam a idéia de progresso.

O teatro, a música clássica, concertos, o trabalho requintado nas fachadas das casas, eram sustentados com subsídios dos governos ou por ricos a procura de status.

O artista na sociedade monárquica e aristocrática era deixado de “lado”, já para a sociedade burguesa ele representava um gênio, o “ideal”que complementava e coroava o sucesso material e, de forma mais geral os valores espirituais da vida.

Bibliografia:
CATANI, Afrânio Mendes. O que ê capitalismo. 34 ed. São Paulo: Brasiliense, 2003.
HOBSBAWM Eric J. A era do capital: 1848-1875. 9ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. [Publicado originalmente em 1975]
____________.. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
____________. A era dos Impérios: 1875-1914. 8ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003. [Publicado originalmente em 1987]
____________. A era das revoluções: 1789-1848. Lisboa: Editorial Presença, 1986. [Publicado originalmente em 1962]

Leia também:
A Reforma de Calvino
O Ciclo do Capitalismo
Capitalismo Comercial
Capitalismo Financeiro
Capitalismo Industrial
História do Capitalismo – Sistema Capitalista

Texto enviado às 00:16 – 11/09/2010
Autor: Janisson Nascimento de Souza

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