História

A Bomba de Hiroshima

No dia 6 de agosto de 1945, o mundo testemunhou as consequências de uma bomba com capacidade de não apenas destruir pessoas, casas, inimigos e etc, como também a esperança na própria humanidade. Era uma segunda-feira, algumas pessoas despertavam para seus trabalhos, mas a maioria dos habitantes já estavam pelo fato do horário de trabalho iniciar as 8h00.

Precisamente às 8h15min, lançada pelo avião Enola Gay, Little Boy (um apelido colocado pelos americanos à bomba nuclear) toca o chão, destruindo o sonho e muitas vidas de uma cidade: Hiroshima. Um marco na história, uma situação que, mesmo depois de tantos anos, ainda é fonte de pesquisa, de tristeza e pesar.

A bomba atômica lançada sobre Hiroshima contava com 50 quilos de Urânio 235 que corresponde, nada mais nada menos que apenas 15 mil toneladas de dinamite que espalhou uma onda de calor, de seu ponto de impacto, 100 calorias/cm2, a 500 metros do ponto de impacto, 56 calorias/cm2 e a mil metros do ponto 23 calorias/cm2.

O Domo da Bomba

Apesar da destruição causada pela bomba, Hiroshima acabou se reerguendo das cinzas, claro, com uma grande cicatriz em seu âmago, prova disso é o Palácio das Indústrias de Hiroshima que foi inaugurado em 1915 e projeto por um arquiteto tcheco, Jan Letzel. O prédio acabou se tornando uma espécie de memorial devido à bomba atômica pelo fato de ter sido uma das poucas construções que resistiram à força da bomba.

Para ter uma ideia da proporção da força que atingiu o edifício, todas as pessoas que estavam em seu interior no momento da explosão, morreram na hora. O domo permaneceu pelo fato de ter sido atingido praticamente verticalmente, a bomba caiu a 0,2 segundos de distância, mais uma fração e ele seria o alvo. O prédio permaneceu em pé devido a sua quantidade de janelas, houve uma dispersão de energia, que poderia ser igualada a 1000 vezes mais forte que a luz do sol.

O Parque memorial da paz foi construído ao lado desse edifício que permaneceu em pé e ganhou o nome de Domo da Bomba Atômica, no entanto, correu risco de ser derrubado, contudo, pela sua história e resistência a um dos maiores e mais calamitosos capítulos da história, Ichiro Kawamoto, um pacifista que lutou por sua preservação depois de ler um depoimento de uma colegial que morreu de leucemia por causa da bomba.

Em 1996 o Domo da Bomba se tornou patrimônio protegido pela UNESCO, juntamente como os campos de concentração de Aushwitz, Polônia e ilha de Robben, onde os opositores do Apartheid ficaram presos, locais preservados para não deixar morrer na memória da humanidade, os horrores que fazem parte de nossa civilização.

Outro símbolo de paz

Sadako Sasaki vivia a apenas 1,6km de onde a bomba beijou o chão, tinha apenas dois anos de idade e mal sabia o que estava acontecendo, dez anos depois, acabou sendo diagnosticada com leucemia. No hospital, ficou conhecendo a história mágica do tsuru através de um amigo, que falou que se a pessoa fizesse mil tsurus poderia ter seus desejos realizados.

Não precisou dizer mais nada para a pequena Sadako que começou a procurar realizar seus desejos, com determinação chegou a fazer 644 tsurus, mas não pode chegar aos mil devido ao seu falecimento, com apenas 12 anos de idade. Os amigos e as pessoas que se comoveram com a história da garota terminaram o restante e enterraram com ela, todos os mil, mas a homenagem não era suficiente e, no ano de 1955 finalmente uma estátua em homenagem a garota apontou para o céu, onde tem ela segurando no ar um tsuru dourado que, todos os 6 de agosto, recebem diversos tsurus de diversos lugares do mundo.

Sobre a Segunda Guerra Mundial