Aurélio de Lira Tavares
Aurélio de Lira Tavares nasceu na cidade de João Pessoa, no Estado da Paraíba, no dia 7 de Novembro de 1905 e veio a falecer no dia 18 de Novembro de 1998 na cidade do Rio de Janeiro. Antes de morrer Aurélio de Lira deixou seu legado e a sua marca na área militar brasileira, chegando até mesmo a governar o Brasil.
Ele era um general do exército brasileiro, sendo membro da junta provisória onde participou, junto com outros dois ministros militares (Augusto Rademaker e Márcio Melo) em um triunvirato, da chefia do governo do país durante sessenta dias na época da ditadura, de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969.
Sua História
Aurélio de Lira Tavares estudou no Rio de Janeiro na Escola Militar do Realengo, tendo se formado em engenharia e também em direito. Aurélio comandou a Escola Superior de Guerra durante 28 de setembro de 1966 até 13 de março de 1967, depois ele se dedicou ao governo brasileiro junto com o triunvirato de ministros militares pelos sessenta dias dos primeiros indícios da ditadura no país.
Junto com o ministro da Marinha Augusto Rademaker e o ministro da Aeronáutica Márcio Melo ficou no poder governamental do Brasil devido o afastamento do presidente, antecedendo o General Emílio Garrastazu Médici, que foi escolhido como o próximo Presidente da República na época da temida ditadura.
No dia 3 de fevereiro de 1965 ele recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e no dia 26 de fevereiro de 1971 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal, muitos méritos para esse militar esforçado na sua profissão.
Militar e escritor
Aurélio de Lira Tavares não consolidou sua imagem apenas na área militar, ele também era apaixonado pela escrita e criava até mesmo poesias, onde utilizava o pseudônimo de Adelita, que tinha em sua composição uma referência ao próprio nome dele por ser composto pelas suas iniciais.
Depois de ter feito parte do triunvirato de ministros militares no Brasil durante o governo da ditadura ele foi escolhido para ser embaixador do Brasil em Paris (1970 a 1974), mas mesmo assim não deixou de lado seu jeito artístico de lidar com as palavras.
Foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo eleito em abril de 1970. Vale lembrar que ele foi o autor da letra da “Canção da Engenharia” do Exército Brasileiro.
Suas obras
• Domínio Territorial do Estado – 1931
• História da arma de engenharia – 1942
• Quatro anos na Alemanha ocupada – 1951
• Território Nacional – 1955
• Temas da vida militar – 1965
• A engenharia militar portuguesa na construção do Brasil – 1965
• A Amazônia de Júlio Verne – 1973
• O Brasil de minha geração (2 volumes) – 1976 e 1977
• Brasil-França ao longo de cinco séculos – 1978
• Crônicas ecléticas – 1981
• Vilagran Cabrita e a engenharia de seu tempo – 1981
• Reminiscências literárias – 1982
• O centenário de Augusto dos Anjos – 1984
• Nosso exército, essa grande escola – 1985
• Aristides e a República – 1987