Biologia

Falha da teoria de geração espontânea (abiogênese)

A teoria da geração espontânea, também chamada de abiogênese, foi formulada por Aristóteles. De acordo com esta teoria, todos os seres vivos seriam gerados a partir de uma matéria bruta, ou seja, qualquer espécie viva, desde as cobras aos mamíferos, teria sido criada a partir de uma matéria existente em determinado ambiente. Por exemplo: as moscas seriam originárias das frutas apodrecidas, os sapos seriam criados a partir do lodo de um rio ou pântano, e assim por diante.

Essa teoria foi aceita por muitas sociedades até que, em 1668, o médico italiano Francesco Redi contrariou a ideia da geração espontânea. O pesquisador realizou uma experiência, colocando em dois frascos um pedaço de carne. Um frasco ficou aberto e o outro foi fechado com uma gaze. O objetivo era mostrar que, caso a teoria da geração espontânea fosse verdadeira, moscas nasceriam nos dois recipientes.

Ao final do experimento, Redi notou que havia moscas no frasco aberto. Já o frasco fechado continuava apenas com o pedaço de carne. Dessa forma, Redi comprovou que havia uma falha na teoria da abiogênese.

A explicação para tal falha é a seguinte: no frasco que estava aberto, as moscas entraram e depositaram larvas na carne, enquanto no frasco fechado nenhuma mosca entrou para depositar suas larvas. Sendo assim, os seres vivos não poderiam simplesmente nascer de uma matéria bruta. Era necessário um processo mais complexo de reprodução.

Mesmo com as provas apresentadas por Redi, a teoria da geração espontânea só foi derrubada definitivamente por Louis Pasteur, cientista francês. Com um experimento baseado na esterilização e no estudo microscópico, ele provou a total falha da geração espontânea. Depois disso, em 1864, a teoria tornou-se desacreditada pela comunidade científica.

Veja também: Vida