Doenças

Malária

Doença infecciosa e parasitária causada principalmente pelos protozoários Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium falciparum. É transmitida pela picada do mosquito Anopheles darlingi. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária causou 2,1 milhões de mortes em 1996, a maioria de crianças. Entre 300 e 500 milhões de pessoas têm a doença, que predomina em países tropicais, como o Brasil, nos quais o plasmódio se multiplica com facilidade por causa do clima úmido. A situação é grave em algumas partes da África, onde o plasmódio já se tornou resistente a alguns dos remédios usados no tratamento e o mosquito transmissor está urbanizado, isto é, conseguiu adaptar-se para viver na cidade.

Transmissão

O inseto, ao picar uma pessoa com malária, adquire formas reprodutivas do plasmódio chamadas gametócitos, que, em seu tubo digestivo, acabam formando ovos. Esses ovos produzem as formas infectantes do plasmódio (esporozoítos). Ao picar outro indivíduo, o mosquito introduz os esporozoítos no seu organismo. Eles são levados pelo sangue para o fígado. Uma parte migra para as células vermelhas do sangue (hemácias), nas quais geram novos gametócitos, recomeçando o ciclo.

Sintomas

Os sintomas da infecção causada pelo Plasmodium falciparum surgem em média em 12 dias. Já os do Plasmodium vivax aparecem em 15 dias e os do Plasmodium malariae, em cerca de um mês. Alguns são comuns a todos os tipos de malária, como febre, suor, dor de cabeça, náusea, falta de apetite, calafrios, anemia e febre alta. Nos casos graves (causados pelo Plasmodium falciparum) podem ocorrer coma, convulsão e até morte.

Tratamento

Em todos os tipos de malária são usados medicamentos para combater os parasitas que atacam as hemácias. Nas infecções originadas pelo Plasmodium vivax e pelo Plasmodium malariae é necessário acabar com os parasitas que ficam no fígado, para evitar que a doença reapareça.

Nos últimos anos os cientistas têm tentado desenvolver uma vacina contra a doença. Uma equipe do Instituto Pasteur (França) liderada pelo médico brasileiro Hildebrando Pereira descobriu cinco das quinze proteínas que podem levar à criação da vacina. Em 1997, Pereira continua as pesquisas no centro de doenças tropicais montado pela Universidade de São Paulo (USP) em Rondônia.