Falangismo
O Falangismo foi um regime político espanhol. Essa ideologia, conhecida como Falange Española Tradicionalista y de las Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista, tinha uma abordagem fascista.
O regime foi comandado por Francisco Franco, e apresentava características radicais e autoritárias. A ideia era consolidar uma política conservadora, que fazia parte da Espanha franquista.
O Falangismo fortalecia a identidade religiosa católica, mas determinava que o Estado fosse a autoridade suprema da nação. O regime era pautado na hierarquia, na ordem social, na autoridade, no anticapitalismo, na antidemocracia e no antiliberalismo.
Essa política seguia o manifesto original da Falange, que tinha 27 pontos. Segundo essa ideologia, a Espanha deveria estabelecer uma ditadura liderada pela Falange. O governo poderia usar a violência para revitalizar a nação, desenvolver o Império Espanhol e controlar a atividade econômica.
O Falangismo determinava, inclusive, que o Estado pudesse influenciar e decidir sobre a fixação de salários. Francisco Franco foi um dos principais líderes da Falange. Durante seu poder, ele acabou declarando apoio ao capitalismo, porém continuou colaborando com o desenvolvimento de cooperativas não-capitalistas, como a Corporação Mondragon, por exemplo.
Francisco Franco
O Falangismo era contra a esquerda e a direita, e afirmava que os políticos desses grupos eram inimigos. Os membros da falange se declaravam como uma terceira posição sincrética, apesar de diversos estudos comprovarem que essa ideologia se assemelhava bastante à política da direita.
A Falange Espanhola foi fundada em 1933. Este movimento e partido político tinha claras inspirações no fascismo. O criador dessa ideologia política foi José Antonio Primo de Rivera, um advogado e político espanhol.
José Antonio Primo de Rivera
Ideais do Falangismo
Os principais ideais do Falangismo Espanhol foram:
- Unidade nacional;
- Nacionalismo;
- Reforma agrária;
- Nacionalização do crédito;
- Estado autoritário.
O lema do movimento era: “Una, grande, libre Espanha”. Em 1934, a Falange Espanhola se uniu às Juntas Ostensivas Nacional-Sindicalistas (JONS). Depois disso, José Antonio Primo de Rivera (criador do movimento político) acabou preso e fuzilado por forças republicanas. Esse foi o pontapé para que a Falange se unisse aos franquistas.
O governo do ditador espanhol, Franco, fez da Falange Espanhola o movimento político mais relevante do país, assumindo o controle total da organização sindical e das decisões econômicas. O poder da Falange só começou a diminuir no ano de 1957.
No auge do poder da Falange Espanhola, o movimento político chegou a ter mais de um milhão de integrantes e contou, até mesmo, com uma célula falangista no Brasil, criada no Rio de Janeiro, em 1937.