História

A China Comunista

Vitorioso em 1949, o Partido Comunista Chinês, aproximou-se da União Soviética, assinando o Tratado de Amizade, Aliança e Ajuda com o presidente Stálin. No plano interno, o novo governo adotou medidas drásticas, como a nacionalização das indústrias e a reforma agrária, para enfrentar as dificuldades econômicas, que ressurgiram com a Guerra da Coréia (1950). O primeiro plano qüinqüenal, anunciado em 1935 por Chou En-lai, propunha uma nova linha geral de transição para o socialismo, priorizando a indústria pesada. Em 1955, a coletivização da agricultura acelerou-se com a organização de um milhão de cooperativas. Atingia-se, assim, o fim do capitalismo, implantando-se as três transformações socialistas básicas: expropriação da burguesia industrial, expropriação do comércio urbano e instalação do movimento cooperativo no campo.

Com as reformas, apesar de a produtividade industrial ter crescido 400% entre1949 e 59, os salários só aumentaram 52%. Mao Tse-tung, aos primeiros sintomas de que o desenvolvimento socialista estava aquém das exigências sociais e ameaçando o governo do Partido Comunista, proclamou uma liberalização interna. É de maio de 1956 sua frase: “que cem flores desabrochem, que cem escolas de pensamento rivalizem entre si”.

As críticas contra o governo cresceram, e o Movimento das Cem Flores se intensificou, levando o governo a reagir com uma grande campanha antidireitista que levou milhares de pessoas à prisão. Mao justificou-se dizendo que a Campanha das Cem Flores objetivava “fazer as serpentes saírem de suas tocas”.

Iniciado como um processo de democratização, o Movimento das Cem Flores acabou reforçando o poder do Partido Comunista Chinês, que, em agosto de 1957, decidiu-se pelo programa de reformas chamado Grande Salto para a Frente. Esta, ao deslocar subsídios econômicos para a agricultura, confirmava o predomínio da base camponesa do socialismo chinês.

A mobilização da população foi geral, e até intelectuais e estudantes foram conclamados para trabalhar no campo. Entretanto, mesmo com um crescimento de 65% da produção rural, as dificuldades obrigaram correções de rumo. Na verdade, o projeto Grande Salto teve resultado limitados, uma vez que as relações sino soviéticas tornaram-se mais difíceis, intensificando a oposição interna ao PCC e as dissidências.