História

Unificação Italiana

A unificação italiana diz respeito a um processo histórico que alterou a configuração política e territorial da Itália. Esse processo ocorreu no começo do século XIX e foi um resultado direto de intervenções realizadas graças ao Congresso de Viena, de 1814.

As mudanças territoriais e políticas da Itália foram um reflexo de acordos firmados no período. Segundo estes acordos, o território da Itália deveria ser dividido em oito estados independentes, alguns com o domínio da Áustria.

Essa medida foi estimulada pelo Congresso de Viena, que determinou que tanto a região da Itália quanto da Alemanha fosse dividida e passada ao domínio estrangeiro. Obviamente, a população que vivia nessas áreas não aceitou a medida, o que resultou em diversos movimentos contrários.

A ideia de dividir a Itália em pequenos estados surgiu a partir da ordem de Viena. Com isso, seriam criados os territórios do Reino Sardo-Piemontês (estado soberano, governado por dinastia italiana); Reino Lombardo-Veneziano (governado pela Áustria); Ducados de Parma, Módena e Toscana (governados por duques); Estados Pontifícios (governados pelo papa) e Reino das Duas Sicílias (sob o governo da dinastia de Bourbon).

Diante dessa determinação, os movimentos de unificação da Itália começaram a surgir. As lutas para unificar a Itália tinham como objetivo derrubar as medidas que determinavam as mudanças territoriais, além de libertar a Itália. O movimento revolucionário ficou conhecido como Jovem Itália, e era liderado por Giuseppe Mazzini.

Os revolucionários defendiam que a Itália conquistasse sua independência e se transformasse em uma república democrática.

Manifestações pela Unificação Italiana

Os protestos se intensificaram em 1848, quando os seguidores de Mazzini realizaram uma grande campanha contra o domínio austríaco na Itália. Neste combate, os revolucionários italianos foram derrotados.

Depois disso, a luta pela unificação italiana passou a ser comandada pelo Reino Sardol-Piemontês. O movimento ficou conhecido como Risorgimento e tinha como um de seus líderes um revolucionário chamado Cavour. Nesta etapa do conflito, uma grande parcela da população já desejava a unificação.

Com o apoio da burguesia e dos proprietários rurais, o movimento ganhou força. A Itália iniciou uma aproximação com a França, a fim de conquistar um aliado na luta contra a Áustria.

Com o suporte do exército francês, os italianos conquistaram importantes vitórias e conseguiram forçar a Áustria a entregar o reino. Neste mesmo período, o revolucionário Giuseppe Garibaldi atacou a região do Reino das Duas Sicílias, estabelecendo as condições para a libertação do território.

Dessa forma, a Itália conseguiu se livrar do domínio estrangeiro e recuperar grande parte de seu território. Em 1861, Victor Emanuel II foi proclamado rei da Itália. Após essa proclamação, o país se mobilizou para reconquistar as áreas de Veneza e Roma, que foram reincorporadas ao território em 1866 e 1870, respectivamente.

A unificação da Itália foi um processo longo, que só terminou oficialmente em 1929, com a assinatura do tratado de Latrão.