História

Revoluções de 1848

As Revoluções de 1848 constituíram uma série de acontecimentos pelo mundo que causaram abalos nas monarquias vigentes, principalmente aquelas que fracassaram nas tentativas de reformarem suas políticas e economias.

Com o intuito de democratizar, exaltando a paixão pelo país, essas revoluções foram iniciadas pela burguesia, pela nobreza, que exigiam governos constitucionais, e também por trabalhadores e camponeses que estavam se rebelando contra os excessos e a multiplicação das práticas capitalistas.

As principais revoluções aconteceram em Berlim, Budapeste, Nápoles, Paris e Viena, mas repercutiu em outras regiões da Alemanha, da Áustria, da Itália e de Londres.

Essas revoluções ficaram conhecidas como “Primavera dos povos”, que mostrou a nacionalidade antes adormecida dos povos alemães, croatas, dinamarqueses, húngaros, italianos, poloneses e romenos, que exigiam que os Impérios concedessem as suas autonomias.

Foi um movimento rápido, durou dois anos, de 1848 a 1850, mas causou enfraquecimento nas monarquias absolutas e impulsionou novos ideais liberais, sociais e nacionalistas.

Revolução na Alemanha

Berlim já estava em polvorosa quando as notícias da revolução em Paris começaram a surgir. Isso fez com que o povo alemão também fosse cobrar por seus direitos, o que fez com que os soberanos concedessem liberdades e formassem novos governos parlamentares.

A população exigiu que Frederico Guilherme IV apoiasse as teses liberais e convocasse uma nova assembleia nacional eleita através de votação. O Parlamento, sem saída, acatou os pedidos, acabando com os direitos feudais e aumentou as liberdades políticas. Foi cogitada a participação da Áustria no estado alemão, mas o regime acabou ficando somente com a Alemanha mesmo.

O rei recusou a coroa do império alemão e, com o fim do parlamento, aos poucos os conservadores foram retomando o controle da situação. Não houve a unificação alemã.

Revolução na Áustria

O enfraquecimento da monarquia, o desenvolvimento de uma corrente liberal e a reinvindicação pelo reconhecimento dos povos de origem não germânica possibilitaram a revolução no império austríaco. Em 1848, lideradas por estudantes e operários, a Assembleia da baixa Áustria marchou em direção ao palácio de Hofburg, fato que fez o imperador Fernando I e o diplomata Metternich fugissem.

Um novo governo liberal foi formado, e a Assembleia Constituinte votou a abolição dos direitos feudais, assim como na Alemanha.

Revolução na França

Iniciada em 1948, a revolução na França teve como líder, Louis Blanc, que conseguiu derrubar o rei Luís Felipe, estabelecendo a II República. As diferentes opiniões dos rebeldes acabaram provocando os conflitos violentos que derramou sangue na capital francesa.

O movimento enfraqueceu, a ponto de permitir que Luís Napoleão se eleger presidente. Iniciada na França, a revolução acabou incentivando outros movimentos em outros países.

Revolução na Hungria

O patriota Lajos Kossuth formou um governo separatista, declarando a dependência de todos os territórios onde a língua húngara era falada. Acabou que o nacionalismo do líder Kossuth desencadeou numa revolta dos outros povos menores, a ponto de o exército e o chanceler Schwatzenberg entregarem o tono ao novo imperador, Francisco José I.

O imperador solicitou ajuda ao exército russo para reprimir a revolta, fazendo com que o Lajos fosse se exilar na Turquia.

Revolução na Itália

A revolução foi causada pela aliança entre o Papa Pio IX e o rei Carlos Alberto, que implantaram uma série de reformas liberais nos seus estados. Isso fez com que eclodi-se os estados conservadores. Em cada cidade a luta por novos conceitos encontra resistência. Em 1849, o rei italiano se envolveu na guerra contra a Áustria, sofrendo grande derrota, tendo que deportar as suas armas.

A revolução italiana fracassou graças ao absolutismo e o avança radical social liderado por Mazzini.

Veja também:

Revolução Nacional e Liberal de 1830 e 1848

Unificação Italiana

Revolução Francesa

Rússia Pré-Revolucionária