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Jorge Amado

Jorge Amado foi um dos escritores mais importantes do Brasil, tendo sua obra amplamente divulgada e publicada em diversos países do mundo. Amado nasceu na fazenda Auricídia, na cidade de Itabuna, na Bahia, em 10 de agosto de 1912.

O escritor passou sua infância em Ilhéus, e mudou-se para Salvador durante a adolescência. A iniciação de Jorge Amado no universo literário se deu quando ele tinha apenas 14 anos de idade e participou da fundação da Academia dos Rebeldes, um grupo de jovens que atuou na renovação da literatura baiana.

Jorge Amado também trabalhou em grandes jornais da Bahia, como o Diário da Bahia. Neste período, ele já se dedicava às letras e escreveu também na revista literária A Luva.

Em 1930, Amado teve sua primeira experiência oficial na literatura, publicando a novela “Lenita”, escrita em parceria com Dias da Costa e Édison Carneiro. Em seguida, ele lançou os livros “O País do Carnaval” (1931), “Cacau” (1933) e “Suor” (1934).

Jorge Amado se formou em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito no Rio de Janeiro. Em 1939, ele iniciou sua trajetória como redator-chefe da revista “Dom Casmurro” e continuou com sua produção literária, lançando as obras “Jubiabá”, “Mar Morto”, “Capitães de Areia”, “Terras do Sem-Fim” e “São Jorge dos Ilhéus”.

Durante o governo de Getúlio Vargas no Brasil, Jorge Amado viveu na Argentina, no Uruguai, na França e na República Checa. Em 1945, já de volta ao Brasil, Amado escreveu para o jornal “O Imparcial”, para o diário “Hoje” e também para o semanário “Para Todos”.

Em 1945, Jorge Amado iniciou sua vida política, sendo eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro, em São Paulo. De 1946 a 1958, o escritor produziu obras marcantes da literatura nacional, como “Seara Vermelha”, “Os Subterrâneos da Liberdade” e “Gabriela, Cravo e Canela”.

Em 1961, Jorge Amado foi eleito para a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras. Durante a década de 1960, ele escreveu “Os Pastores da Noite”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Tenda dos milagres”. Já nos anos de 1970, o escritor lançou “Tieta do Agreste” e “Farda, Fardão, Camisola de Dormir”.

Os livros de Jorge Amado foram traduzidos para 48 idiomas, foram adaptados para o cinema e a televisão e marcaram a literatura nacional. As últimas obras escritas por esse gênio das letras foram “Tocaia Grande” (1984), “O Sumiço da Santa” (1988) e “A Descoberta da América pelos Turcos” (1994).

Jorge Amado foi casado com Zélia Gattai, com quem teve dois filhos: João Jorge e Paloma. O escritor morreu em Salvador, aos 88 anos de idade, no dia 6 de agosto de 2001.