História

Confederação dos Cariris

O Nordeste do Brasil registrou um movimento de resistência indígena chamado de Confederação dos Cariris, entre 1683 e 1713. Os índios Kiriris, localizados principalmente no Ceará, recusaram-se a entregar as terras aos portugueses. Os índios também não queriam se tornar escravos dos europeus, sendo comercializados como se fossem mercadorias.

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A revolta durou cerca de 30 anos, com conflitos armados entre os índios e os militares que faziam a segurança da região. Devido à proporção das revoltas, os bandeirantes paulistas também foram convocados para integrar as forças oficiais, que lutavam contra os índios.

Para os índios, o mais importante era manter os portugueses distantes do seu território. Os nativos também estavam sendo escravizados pelos europeus.

Escravidão dos Indios no Nordeste

Os “homens brancos”, os portugueses, lutaram contra os índios no Ceará, mas também na Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Pernambuco.

Outros povos indígenas se juntaram aos Kiriris, principalmente depois que os bandeirantes paulistas efetivamente entraram na batalha. Entre os povos indígenas que participaram do conflito estavam os seguintes:

  • Canindés;
  • Tremembés;
  • Acriús;
  • Anacés.

A Confederação dos Cariris era formada pelos índios Cariris, Cariús, Cratéus e Inhamuns.

Os portugueses chegaram a enfrentar os holandeses, que receberam o suporte da Confederação dos Cariris, em 1633. Os holandeses fizeram uma aliança com os índios, que apoiaram os holandeses no ataque ao forte dos Reis Magos.

As forças militares, em 1713, conseguiram avançar pelo vale do Rio Jaguaribe em direção ao Cariri com forte armamento. Muitos índios foram mortos nessa investida e, assim, o movimento de resistência chegou ao fim.

A resistência unida de diversas nações indígenas ao domínio dos portugueses, movimento conhecido como Confederação dos Cariris, foi um fato muito importante na história do Brasil, mesmo que os índios não tenham saído vitoriosos do conflito.

O evento mostrou que a população nativa era contrária ao domínio dos portugueses e não trocava a sua terra por causa de bugigangas, como parte da versão oficial costuma contar. Em vez disso, os índios mostraram muita bravura e organização para montar uma resistência contra os invasores, tentando manter a sua terra e também a liberdade com a qual estavam acostumados.