A Realidade Hoje da Saúde Pública no Brasil
O Brasil tem um sistema de saúde separado da seguinte maneira atualmente:
- Saúde pública – Sistema Único de Saúde (SUS)
- Saúde suplementar – Planos de saúde e seguro-saúde
Aproximadamente 70% da população não tem plano de saúde privado, são dependentes unicamente do SUS. Os investimentos anuais do SUS ficam na ordem de R$ 100 bilhões por ano.
Já os planos de saúde gastam aproximadamente R$ 90 bilhões, porém atendem menos pessoas, cerca de 30% da população brasileira. Ou seja, proporcionalmente, o SUS gasta 3 vezes menos do que um plano de saúde e isso se reflete principalmente na qualidade do atendimento.
Com relação ao número de médicos, atualmente cerca de 450 mil profissionais atuam no Brasil. Mesmo com a grande quantidade de médicos atuantes, é difícil encontrar médicos em regiões mais isoladas no Brasil, enquanto os profissionais estão concentrados em centros urbanos mais populosos, com melhor infraestrutura e mais qualidade de vida.
Nessas cidades, eles encontram melhores salários e mais oportunidades de trabalho. Atualmente, para cada 1 mil habitantes, o Brasil registra cerca de 2 médicos.
A saúde pública do Brasil enfrenta alguns problemas sérios e estruturais. Além disso, algumas doenças não param de crescer entre a população, principalmente diabetes e hipertensão, além de obesidade. Em muitos casos, estes três problemas de saúde estão diretamente ligados ao estilo de vida, com os seguintes hábitos:
- Fumo
- Bebida alcoólica
- Estresse
- Alimentos industrializados
- Sedentarismo
Cerca de 150 milhões de brasileiros são dependentes do SUS – Sistema Único de Saúde. Os maiores problemas são financeiros e de gestão. Em geral, os municípios não recebem recursos suficientes para arcar com a demanda de pacientes, sobrecarregando o sistema.
Além de não haver dinheiro suficiente para manter o SUS, a população brasileira está envelhecendo cada vez mais, exigindo mais atenção médica, o que aumenta as filas para cirurgias, exames, entre outros procedimentos de saúde mais complexos.
As filas do SUS costumam ser muito grandes, principalmente para a realização de cirurgias e para transplantes de órgãos. As filas de cirurgias eletivas do SUS, por exemplo, podem demorar anos.
São consideradas cirurgias eletivas as de menor gravidade, nas quais o paciente não corre risco iminente de morrer, são casos que não são emergenciais. Infelizmente, em alguns casos, a fila já demorou até 10 anos para procedimentos no estômago.
Entre as cirurgias mais procuradas estão procedimentos oftalmológicos e ortopédicos. Cerca de 900 mil pacientes estão esperando na fila do SUS por alguma cirurgia.
Em 2018, a fila de espera por transplante de órgão é de aproximadamente 20 mil pessoas. São 17 milhões de doadores e o tempo necessário para receber um órgão pode demorar anos. Não existem dados precisos de quantas pessoas morrem na fila do SUS ou do transplante de órgãos.
Escrito em 25/10/2018.
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