Biologia

Engenharia Genética

A engenharia genética pode ser considerada como a ciência da vida. Trata-se de um conjunto de estudos que possibilitou a realização de experimentos na área da genética. Os resultados atingidos por meio dessas pesquisas nos deram informações surpreendentes sobre a vida e a evolução humana.

Ambientalistas e estudiosos do direito ambiental estão com os olhos voltados para as questões que envolvem a engenharia genética, estando elas ligadas direta ou indiretamente com o meio ambiente.

É, sem dúvida, uma nova ciência bastante promissora. Porém, é importante fazer algumas considerações. O Projeto Genoma, por exemplo, apareceu em todos os meios de comunicação nacionais e internacionais, junto com outra grande polêmica acerca dos transgênicos. Esses fatos colocam a engenharia genética na mira dos críticos e pesquisadores mais conservadores.

Há séculos a humanidade realiza o cruzamento de plantas e animais com a finalidade de aprimorá-los para sua utilização e consumo. Isso pode ser considerado como uma espécie de engenharia genética rudimentar. Atualmente, com o rápido desenvolvimento da biotecnologia, o avanço nesse campo passou a ser feito com rigor científico.

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Resumindo, a engenharia genética pode ser definida como o conjunto de técnicas capazes de permitir a identificação, a manipulação e a multiplicação de genes pertencentes aos organismos vivos, sejam eles oriundos de plantas, animais ou seres humanos.

Mas, para que serve a engenharia genética? Essa nova e surpreendente ciência é responsável por possibilitar a manipulação do DNA (ácido desoxirribonuclético) que existe nas células dos seres vivos. A partir disso é possível recombinar genes, alterando-os, trocando-os ou adicionando genes de diferentes origens como o propósito de criar novas formas de vida.

Com a engenharia genética é possível:

– Mapear o sequenciamento do genoma das espécies animais, incluindo o ser humano (Genoma Humano) e dos vegetais.
– Criar seres clonados (copiados).
– Desenvolver novas terapias genéticas.
– Produzir espécies transgênicas.

Estas novas possibilidades no campo da genética preocupam sobremaneira os governos e grande parte da sociedade civil envolvida, visto que, se esse processo for mal direcionado poderá acarretar muitos prejuízos irreversíveis ao nosso patrimônio genético. Por esta razão, já existem dispositivos legais com o objetivo exclusivo de regulamentar as atividades desta nova ciência.

Para quem deseja ingressar nessa área, não há um curso de graduação exclusivo dessa área. Na verdade, o termo “engenharia genética” é utilizado para designar a atuação de profissionais que se envolvem diretamente na pesquisa e na manipulação das estruturas genéticas dos seres vivos com propósitos de identificação e combate a doenças e síndromes, aperfeiçoamento de espécies e identificação de características hereditárias na escala evolucionária das espécies.

O geneticista é o profissional que se dedica à pesquisa intensiva e desenvolvimento das técnicas de manipulação genética. Podendo direcionar seus trabalhos também ao aconselhamento genético (identificando tendências genéticas presentes em pais que desejam ter filhos), estudar as causas de doenças genéticas, ajudar na criação de novos medicamentos, ocupar-se do desenvolvimento de alimentos de origem vegetal geneticamente modificado e ao aperfeiçoamento de raças animais.

Para atuar nessa área, o profissionais deve ter feito curso superior. As graduações principais são Medicina (com duração de seis anos) e Biologia (ou Ciências Biológicas, com duração média de quatro anos). A intervenção clínica só é permitida ao médico, mas qualquer um deles pode atuar no campo da pesquisa.

A biotecnologia e biomedicina também são importantes formações que propiciam o ingresso nesta área de atuação. Porém, não atuam de forma tão direta nas questões mais polêmicas que envolvem a profissão.

Contudo, é inegável que o ser humano só tem a ganhar à medida que conhece mais a fundo sua própria constituição e evolução. Espera-se que a noção de ética e limites sejam igualmente respeitados, para que o preço dessas experiências não acabe alto demais.