O Levante Comunista de 1935
Em março de 1935, foi criada a Aliança Nacional Libertadora (ANL). Havia um grupo onde alguns conspiradores do Partido Comunista, liderados por Luís Carlos Prestes, que ditava as ordens a serem seguidas pelas tropas militares, que as cumpriam de forma impecável.
A Aliança Nacional Libertadora teve sua criação inspirada nos modelos das frentes populares que estavam surgindo na Europa, a fim que de impedissem o avanço do nazi-fascismo. Com defesa de propostas nacionalistas, a ANL tinha como uma das suas maiores bandeira a reforma agrária.
Leia: Reforma Agrária Brasileira
Sendo liderada por comunistas, como Luís Carlos Prestes e tendo o auxílio da Agente Internacional Comunista Olga Benário, esse movimento conseguiu juntas diversos setores da sociedade, se tornando um movimento representando e representado pelas massas.
Eras pessoas de diferentes classes e posições, como militares, religiosos, socialistas e liberais, todos estavam desiludidos com o rumo que o governo do Getúlio Vargas havia tomado e aderiram ao movimento.
Tendo diferentes sedes espalhadas pelo país, angariando cada vez mais seguidores, sendo muitos militares, logo a ANL foi posta em ilegalidade, tamanha a popularidade que o movimento teve.
Mesmo sendo considerado um movimento ilegal, a ANL não deixou de realizar comícios, ganhando novos adeptos e divulgando informações contra o governo. Em agosto, a organização intensificou os preparativos para um movimento armado, tendo o objetivo de derrubar o presidente Vargas do poder e proclamar um governo popular, chefiado por Luís Carlos Prestes. O intuito era contar também com o apoio dos operários, o que faria com que as fábricas parassem de funcionar, desencadeando numa grave crise.
O primeiro ato foi realizado em 23 de novembro de 1935, na cidade de Natal. No dia seguinte, no Recife, a segunda afronta militar aconteceu. No dia 27 de novembro, foi na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país, que o terceiro ato aconteceu.
A classe operária não apoio esse movimento e, sendo feita apenas em três cidades, a rebelião foi rapidamente contida e os atos de violências praticados encerraram qualquer tentativa de manifestação.
Após essa fracassada tentativa, o governo declarou guerra a todos aqueles que se opuseram contra ele, além de sair à caça de todos os comunistas. O resultado disso foi a prisão de milhares de pessoas em todo o país, independente das suas classes ou posições. Deputados, senadores e até o então prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto Batista.
Com o fracasso eminente do movimento, a chamada Revolta Comunista deixou claro que esse movimento não poderia ir à frente, sendo fechado logo assim o regime.
Depois das revoltas de 1935, o Congresso passou a aprovar diversas medidas que buscavam diminuir os seus próprios poderes, fazendo com que o Executivo aumentasse os seus poderes de repressão, praticamente respondendo de forma independente e autoritária.
Esse processo fez com que ocorresse o Golpe de Estado de 10 de novembro de 1937, que fechou o Congresso, fez com que as eleições fossem canceladas e o presidente Vargas se manteve no poder.
Como resultado, foi instaurada uma ditadura no país, a chamada Estado Novo, que durou até 1945.
Crédito das fotos: Substantivoplural.com.br