Pedagogia

Educação e novas tecnologias: Um repensar

A tecnologia na escola: Novo saber, para poder intervir.
A tecnologia entrou na educação como algo revolucionário, desejado por muitos e temido por outros tantos. Porém, se a tecnologia for utilizada na escola por professores preparados, conscientes de que não basta somente ter computadores e sim saber integrá-los nos processos curriculares, desta forma contribuirá de maneira significativa para o avanço na educação, que terá em suas mãos a oportunidade de formar indivíduos com capacidade de agir, planejar e executar. Por outro lado, se os computadores ou outro equipamento tecnológico for posto em um pedestal, neutralizando espaço antes utilizado a atividades educativas, tendo seu uso restrito, trancado como jóia de alto valor ou ficando o educador como mero executor de pacotes de software, trará grande prejuízo ao processo ensino aprendizagem.

Cabe a todos o planejar, a necessidade real de equipamentos e após discussão que deve ser contínua sobre o uso e formas de interagir no espaço educacional decidir qual o melhor momento para a aquisição de equipamentos tecnológicos e diversas formas de utilização.

No meio de tantos pontos a serem levados em consideração um merece destaque que é o principal ator de toda essa discussão: o aluno. Que em muitos casos é tratado como um mero recebedor, que a recebe como certa, perfeita, verdade absoluta. Não podemos deixar de reconhecer que enquanto profissionais temos uma grande parcela de culpa por estes acontecimentos. Mas, devemos levar em consideração também outro fator de suma importância: à formação dos professores para atuar como educadores, que necessitam de um suporte que ultrapassa os limites da escola. Como atuar com eficiência e eficácia? Se muitos vivem a triste realidade de uma jornada escrava, com baixa remuneração, além da falta de compromisso com a pesquisa, e outros fatores, que não favorece o processo ensino aprendizagem.

Tudo agora é um grande repensar. Repensar as práticas, os danos, o que ainda pode ser feito com os educandos que estão sendo formados por nós?. Quantos questionamentos nos são postos e outros acrescentados.

Questionamentos necessários
1- De que forma meu aluno está se apropriando da tecnologia?

2- Onde? Como ele recebe informação?

3- Que mundo está chegando aos alunos?

4- Está preparado para assistir aos programas de forma critica?

5- Que mundo está chegando aos professores?

6- O professor deve inserir conteúdos da mídias em suas aulas?

7- De que forma o educador está se preparando para lidar com o educando com tanta informação?

8- O que fazer quanto se sabe que em muitos casos o educando está mais preparado que o educador?

9- O Educador está preparado para promover a aprendizagem, competências e sabe os procedimentos para conduzir o educando a utilizar as tecnologias de informação e comunicação de forma correta?

10- Compreende a historia da informática e linkar com o momento atual?

11- Que cidadão se quer formar?

12- Qual o papel da escola?

13- O computador está a serviço da humanidade ou a humanidade está a serviço do computador?

Mudança, a ignorância não é mais desculpa para os mesmos erros. Praticas iguais, resultados iguais. Vivemos momentos de transformação.

Como tudo começou! No momento em que necessitamos saber o que temos e o quanto queremos, e de contas com os dedos avançamos para as pedras, calculadoras, giz, retroprojetor, computadores com seus softwares com tutoriais, simuladores, jogos educativos, linguagem de programação, internet e não paramos mais. Mais necessidades, mais tecnologias.

Passamos do simples, formos para o complexo e hoje estamos no intuitivo complexo e continuamos avançando, fazendo e refazendo o caminho de formas diferentes. Derrubando muros, construindo outros, expandido o saber a quem queira, criando até novas classes. Cabe a nos enquanto educadores utilizar de forma adequada a tecnologia para maximizar o potencial da educação enquanto instrumento de transformação da sociedade.

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BRITTO, Gláucia Silva e Purificação Ivonellia. Educação e novas tecnologias: Um repensar. IBEPEX

Texto enviado às 19:01 – 23/11/2009
Autor: Cleide Benayon Cavalcante