História

Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira, também conhecida como Conjuração Mineira, foi um movimento que marcou a história do Brasil e de Minas Gerais. O fato histórico foi um tipo de conspiração separatista, que aconteceu na capitania de Minas Gerais, em 1789, tendo sido prontamente abortada pela Coroa Portuguesa.

A Inconfidência Mineira foi, basicamente, uma tentativa de revolta contra o império português. O movimento aconteceu durante o chamado Ciclo do Ouro, quando Minas Gerais era um importante estado para a produção da riqueza da coroa. Os intelectuais e as famílias mais favorecidas não concordavam com o forte domínio português e resolveram se rebelar, dando início a mais importante conspiração da História do Brasil.

O povo de Minas Gerais desejava conquistar a liberdade da opressão do governo português e acabar com a cobrança de altas taxas e impostos. Os brasileiros também não concordavam em pagar o imposto chamado de “o quinto”, que caracterizava vinte por cento de todo ouro encontrado no país.

A insatisfação popular, a união dos intelectuais, dos fazendeiros rurais e donos de minas de ouro levaram à criação do movimento da Inconfidência Mineira. Os membros da elite brasileira eram inspirados pelo iluminismo europeu e buscavam meios de conquistar a independência do Brasil.

O alferes Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, foi o principal líder do movimento. Ele teve o apoio de pessoas como os poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o mineiro Inácio de Alvarenga, e o padre Rolim. O grupo queria a liberdade do Brasil e um governo republicano.

Os inconfidentes criaram uma nova bandeira para o Brasil, com a frase em latim: Libertas Quae Sera Tamen, que significa Liberdade ainda que Tardia. Contudo, a Inconfidência Mineira foi combatida pelo império português.

Apesar da resistência dos mineiros, o movimento não prosperou, graças à traição de um dos inconfidentes. Joaquim Silvério dos Reis delatou o plano da revolta para a Coroa Portuguesa em troca do perdão de dívidas. Com isso, os portugueses conseguiram prender muitos inconfidentes, que foram processados por traição à Coroa.

Em 1791, as investigações sobre a Inconfidência Mineira terminaram e os acusados tiveram as penas decretadas. Apenas o inconfidente Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) foi condenado à morte por enforcamento e esquartejamento. Com isso, Tiradentes se tornou um verdadeiro símbolo da luta pela independência do Brasil de Portugal.