História

Consolidação Colonial Brasileira

Na Europa nesse período ocorreu:

– Na Idade Moderna, a Holanda não aceita o domínio espanhol que estava sendo exercido nos países baixos, pois sua doutrina Calvinista (Religião Calvinista) visava a expansão, e não aceitaria seguir regras impostas pela Espanha.

– A Holanda cria a Companhia das Índias Ocidentais, que voltava aos assuntos relacionados a América do Sul, e a Companhia das Índias Orientais, que cuidava dos assuntos nas colônias Africanas.

No Brasil:

O Brasil vivia o seu período do apogeu do açúcar, e a Holanda com a Cia. das Índias Ocidentais tentam invadir Salvador, mas essa missão falha, sendo estes expulsos do Brasil. Mas após o fortalecimento da Holanda com o roubo de navios brasileiros, alguns carregados de prata, outros de açúcar, ela se fortaleceu. Invadiu Pernambuco, mas inicialmente estava sofrendo forte pressão dos grupos locais, que adotavam táticas onde eles se reuniam no interior e atacavam os holandeses de surpresa. Calabar, descontente com a administração Portuguesa se alia aos holandeses e os levam aos grupos reunidos no interior, com isso a Holanda conseguiu massacrar as resistência locais, e formou sua colônia no Brasil.

A Holanda envia Maurício de Nassau para administrar a nova colônia. Este inicialmente trata de solucionar os problemas junto com os Srs. de engenho, oferecendo recursos para modernizar os engenhos, para ampliar o cultivo da cana-de-açúcar e solucionar a falta de mão-de-obra escrava. Ele também investe no saneamento básico de Pernambuco, traz cientistas para cá, aplicou a liberdade de credo pela variedade de religião existente na região, com exceção dos jesuítas, os quais Mauricio expulsou para barrar as forças contra o Protestantismo. Maurício criou também a Câmara dos Escabinos, com a finalidade de administrar politicamente a região. Era formada por holandeses e srs. de engenho, com maior poder para os colonos. Novamente a elite manda.

Em Portugal está acontecendo a Restauração, isto é, retomar a administração do países das mãos da Espanha, tirando Felipe II do trono. Para isto Portugal contou com a ajuda da Inglaterra e Holanda, com esta houve um acordo de trégua dos 10 anos, onde o Duque de Bragança (novo rei) não faria nada contra a Holanda.

Com os altos investimentos nesses conflitos, as reservas de dinheiro da Holanda abaixam, e com isso, a Cia. das Índias Ocidentais dá ordem a Maurício de Nassau para cobrar empréstimos antigos, aumentar os impostos e aumentar os juros. Este, consciente das dificuldades que o Brasil estava sofrendo em um período de decadência da cana-de-açúcar, sendo atacada por pragas, sofrendo queimadas, e outros problemas, ele se recusa a cumprir esta ordem, e é demitido.

Como revolta as medidas tomadas pela Holanda, o Maranhão inicia a revolta contra a atual metrópole, e Portugal com o fim da Trégua dos 10 anos, ajuda a expulsa-los. Esta revolta chama-se Insurreição Pernambucana

Expulsos, os Holandeses vão para as Antilhas, e conhecendo as técnicas de produção do açúcar, começam a produzir este produto mais barato e de melhor qualidade

O Brasil que tinha por base os lucros na exportação do açúcar entra em crise, e Portugal, totalmente dependente da produção brasileira, entra em crise também.

Portugal na época do apogeu do açúcar, onde mesmo com lucros reduzidos por deixar a refinação e comercialização do açúcar para a Holanda, costumava importar muitos produtos luxuosos, voltados para a corte e a elite. Sua balança comercial permanecia equilibrada nessa época. Mas com a crise açucareira a economia portuguesa entra em déficit, passando a importar mais que exporta, então o Conde de Ericeira aplica as Leis Pragmáticas, proibindo a importação de alguns produtos. As leis não surtiram muito efeito após principalmente a um acordo entre Portugal e a Inglaterra para o vinho.

Como outra saída, Portugal decidiu cultivar no Brasil alguns produtos voltados para a exportação e o mercado interno, principalmente português. Plantaram o fumo para usa-lo na troca de escravos, o algodão para fazer roupas e exportar, aguardente para trocar escravos, mandioca e milho para utilizar na alimentação, buscaram as drogas do sertão para ajudar na farmácia, o gado para fazer a interiorização e ajudar no transporte, e o contínuo, mas não tão acentuado cultivo da cana-de-açúcar.

Nesse período de crise foi que se acentuou a interiorização do Brasil, pois os fazendeiros criadores de gado só poderiam trabalhar na pecuária à 100 léguas do litoral, então com isso ajuda-se a povoar o interior e a explora-lo. Deste gado se retirava a carne verde (fresca) e seca, couro, chifre, força motriz e leite. O cultivo do gado era feito nos currais, onde o gado ficava solto em uma área atrás do melhor local para se alimentar. O lucro gerado era voltado ao mercado interno, e o pagamento do peão era feito com a quarta, isto é, a cada 4 cabeças de gado, 1 era dele. Com isso ficava possível a mobilidade social, com um peão podendo virar um fazendeiro.

As drogas do sertão como a baunilha, guaraná, ervas aromáticas e ervas medicinais eram retirados principalmente da Amazônia por nativos e jesuítas, e com isso Portugal ajudou a garantir o domínio sobre essa terra frágil ao ataque estrangeiro.

No nordeste surgiu as Entradas, expedições oficiais que adentravam o interior em busca de metais preciosos, reconhecimento geográfico ou qualquer outra riqueza para Portugal.

Em São Paulo surgiram as Bandeiras, que eram expedições particulares que adentravam o interior atrás de riquezas, como ouro. Existia a Bandeira Apresadora, que buscava o nativo gentio para utilizar na mão-de-obra; a Bandeira Prospectora, que visava buscar metais precisos; e a Bandeira de Sertanismo de Contrato, que deviam destruir nativos e quilombos.

Nessa época surge o Tratado de Madri e o de Badajoz, que configuram hoje nosso território, praticamente.

Fonte: estudanet.hpg.ig.com.br/bras-col.htm