História

Avanços do Sionismo

1°) No início do século XX, os judeus, com poder econômico, passaram a comprar propriedades rurais na Palestina, financiando para que grupos de famílias judias da Europa Oriental (Polônia, Áustria, Rússia, etc.), perseguidos pelos governos e sociedades, fossem deslocados para estas propriedades na Palestina, surgindo deste projeto os primeiros “kibutzim” propriedades coletivas, e os heróis da criação do Estado de Israel, como Ben-Gurion, Golda Meir, etc.

2°) Em 1917 ocorre a Resolução Balfor, isto é, o direito do povo judeu criar um Estado próprio na Palestina, pois o Império Turco-Otomano estava sendo derrotado, e os ingleses estavam começando a dominar o Oriente Médio.

3°) Em 1922 a Liga das Nações Européias, liderada pelo Império Britânico, vota a favor da criação de um Estado judeu na Palestina.

4°) 1939/1945 – Segunda Guerra Mundial. Ocorre o holocausto, onde quase 6 milhões de judeus são eliminados na Europa, junto com milhares de outras minorias, étnicas ou não, como os ciganos, testemunhas de Jeová, etc. Quando estes fatos são revelados para o mundo, coincidem com a mudança do eixo de poder, com a grande águia ou nova Roma substituindo os impérios europeus. Os judeus não podiam perder esta oportunidade histórica, reivindicando seus direitos de criação e implantação de um Estado judeu na Palestina.

5°) 1947 – Resolução da ONU, onde Oswaldo Aranha, diplomata brasileiro, dá o Voto de Minerva, com a seguinte decisão:
• término do protetorado britânico na Palestina.
• criação do Estado de Israel, com um pouco mais da metade do território.
• criação do Estado palestino dividido em 2 áreas;
• criação das zonas neutras, principalmente da cidade de Jerusalém, que ficaria sob administração internacional.

6º) 1948 – Com a saída dos britânicos, os judeus declaram que estão implantando seu Estado, de acordo com a Resolução da ONU.
– O mundo árabe-islâmico, de forma geral, não aceita a criação do Estado palestino, a RALI – Liga Árabe Unida faz a primeira guerra – Egito, Síria, Jordânia e Árabia Saudita – contra Israel e são derrotados.
Nota – Acaba a diáspora do povo judeu, ao mesmo tempo em que começa a diáspora do povo palestino.

7°) 1956 – Com medo que o governo terceiro-mundista, de Gamal Nasser, corri o apoio soviético, no Egito, bloqueasse o Canal de Suez, os ingleses e franceses apóiam Israel que invade a Península do Sinai. Posteriormente, os EUA e a URSS determinam o fim da guerra, demonstrando para o mundo a nova relação de poder.

8°) 1967 – A Guerra dos Seis Dias.
Em menos de duas décadas de implantação, o Estado de Israel passa para a fase de expansão, ocupando militarmente os territórios sagrados nos países islâmicos vizinhos, como o Sinai (Egito) com o porto e a Península de Aq’Aba, conquistando saída pelo Mar Vermelho, a Cisjordânia, com as cidades sagradas e o Mar Morto, as Colinas de Golã (Síria), sendo que esta última, por ser estratégica, até hoje não foi devolvida.
Nota – 1984 – Israel invade o sul do Líbano, criando uma área militar “tampão”, expulsando a OLP – Organização para a Libertação da Palestina. Posteriormente substituída pelo Hezbollah, apoiada pela Síria. Israel só abandonou esta área no ano 2000.

9°) 1973 – A guerra do “Yom Kippur”, o dia do perdão para o povo judeu. Os árabes tentam reconquistar os lugares dominados por Israel na Guerra dos Seis Dias, mas são derrotados.
Nota – Não é mera coincidência, nesse mesmo ano ocorreu a 1° crise do petróleo. É correto afirmar que esta foi a última guerra oficial entre islâmicos e judeus, mas que os conflitos não mudaram, pois a importância da OPEP – Organização dos PaísesExportadores de Petróleo e os petrodólares alteram o equilíbrio de poder no Oriente Médio. A região da Palestina perde importância para outra área no Oriente Médio, o Golfo Pérsico, cercado totalmente por países islâmicos.

Fonte: br.geocities.com/comercioexteriorcefet/apostila_de_conhecimentos_gerais.doc