História

Jerusalém

A cidade de Jerusalém, situada em um planalto nas montanhas da Judeia, entre o mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo, com pelo menos 5.000 anos de história registrada. A cidade tem um peso tão grande na cultura da humanidade que é considerada um centro sagrado para as três principais religiões abraâmicas, o cristianismo, o islamismo e o judaísmo. Tanto israelenses (em sua maioria judeus) e palestinos reivindicam a cidade com sua capital, mas é Israel que mantém o controle sobre a região, com suas principais instituições governamentais funcionando na cidade, ao passo que o Estado Palestino apenas considera a cidade como sua futura sede política. Ambas as reivindicações não são reconhecidas de forma ampla na comunidade internacional.

Jerusalém é de fato uma das cidades com história mais movimentada e perturbada de toda a civilização oriental, tendo sido completamente destruída pelo menos 2 vezes, sitiada mais de 20 vezes, atacada mais de 50 e recapturada, ao menos, 44 vezes. Estima-se que a parte mais antiga da cidade foi construída por volta de 3.000 anos antes de Cristo. As muralhas construídas em torno da cidade o foram no ano de 1538, sob o comando do sultão Solimão, o Magnífico. Esses muros permanecem até hoje e limitam a Cidade Antiga, separada em 4 bairros (armênio, cristão, judeu e muçulmano) já a partir do século XIX. Em 1981, a parte antiga da cidade foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, integrando a lista de patrimônios em perigo. Atualmente, a cidade de Jerusalém se expandiu de modo a abranger além da Cidade Antiga.

Panorama da cidade de Jerusalém

Antiguidade

Conforme a tradição bíblica, o rei Davi tomou a cidade dos jebuseus e estabeleceu nela a capital do Reino Unido de Israel, ao passo que seu filho, rei Salomão, ordenou a construção do Primeiro Templo. Esses eventos basilares, havidos por volta de 1.000 anos antes de Cristo, passaram a ter uma grande importância para o povo judeu. A alcunha de “cidade sagrada” surge, provavelmente, no período pós-exílio. Para o cristianismo, a santidade de Jerusalém foi registrada na versão Septuaginta da Bíblia, e confirmada no relato da via-crucis de Jesus no Novo Testamento.

Para a tradição islâmica sunita, Jerusalém só é menos sagrada do que as cidades de Meca e Medina, na Arábia Saudita. A tradição firma a cidade como a primeira “quibla”, isto é, um centro de oração muçulmana, onde o profeta Maomé teria feito uma viagem noturna e ascendido aos céus, por volta de 610 d.C., conforme o Alcorão. Como resultado de tantas influências históricas diversas, a cidade de Jerusalém hoje em dia concentra dentro de seus 0,9 quilômetros quadrados locais de importância seminal para várias religiões modernas, como o Monte do Templo, a Igreja do Santo Sepulcro, o Muro das Lamentações, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa, para dar alguns exemplos.

Contemporaneidade

Atualmente, Jerusalém vive no centro do conflito israelo-palestino, um confronto militar que se estende por décadas. A região, em verdade, é problemática desde a fundação do Estado de Israel, em 1949. Depois de décadas de conflitos com os países árabes vizinhos, a paz foi atingida com alguns países, como o Egito, mas a relação entre Israel e países como a Cisjordânia, por exemplo, segue extremamente problemática.

Veja também:

Judaísmo

Catolicismo

Islamismo