Artes

Pontilhismo

Chamamos pelo nome de pontilhismo a técnica de pintura derivada do impressionismo que faz uso de pequenas manchas ou pontos que provocam, pela justaposição uma mistura óptica nos olhos do observador.

A técnica tem como base a lei das cores complementares, que foi um avanço científico por parte do químico Michel Chevreul, no século XIX. Refere-se ainda a uma consequência extrema dos supostos ensinamentos dos impressionistas, e segundo eles, as cores deveriam ser justapostas, e não mescladas, o que deixaria em função da retina a tarefa de reconstruir o tom desejado por meio da combinação das impressões registradas.

O pontilhismo, conhecido ainda como a pintura dos pontos, também foi considerado como o culminar do desprezo dos impressionistas pela linha, já que se trata somente de uma abstração do homem como forma de representação da natureza. Foi criado na França, tendo grande influência de Paul Signac e Georges Seurat.

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Pontilhismo no Brasil

No Brasil houveram, durante a Primeira República, entre os anos de 1889 e 1930, diversos artistas atuantes que empregaram os procedimentos principalmente em paisagens e pinturas decorativas. Nomes como Guttman Bicho, Artur Timóteo da Costa, Rodolfo Chambelland, Eliseu Visconti e Belmiro de Almeida foram significativos dentro dessa vertente no Brasil.

Como exemplo de obra, podemos citar o painel central do teto do Foyer do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, feito por Eliseu Visconti empregando vários estilos e procedimentos artísticos, incluindo dentre estes o pontilhismo.

Principais artistas e obras

Paul Signac viveu entre 1863 e 1935 e pintou obras como “A Ponte de Asnieres” de 1888 e “Entrada do Porto de de Marselha” de 1911.
Georges Seurat viveu entre 1859 e 1891, e é autor de obras como “Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte” de 1884 e “O Circo” de 1890-1891.

Outros artistas como Pablo Picasso (1881 – 1973), Henri Matisse (1869 – 1954) e Van Gogh (1853 – 1973) foram influenciados pelo pontilhismo em suas obras.