Química

Isótopos Radioativos

Um isótopo radioativo é um elemento capaz de emitir radiação. Ele também recebe o nome de radioisótopo, e é muito empregado atualmente na ciência e na medicina.

Na prática, os isótopos radioativos servem como marcadores e fontes de energia. Por sua vasta utilização nas pesquisas de biologia, medicina, física e química, o isótopo radioativo tem sido amplamente empregado pelo homem. Hoje, o elemento também está presente no desenvolvimento de tecnologias para a indústria e, até mesmo, para a agricultura.

Os isótopos radioativos são, basicamente, átomos que contam com diferentes números de nêutrons. Eles podem emitir raios alfa, beta e gama.

Decaimento radioativo

Os isótopos radioativos têm átomos bastante instáveis, nos quais os núcleos liberam a radiação. Esse processo recebe o nome de decaimento radioativo ou reação de transmutação. Um exemplo muito conhecido de isótopo radioativo é o carbono 14 (14C), que decai para nitrogênio 14 (14N).

Os isótopos radioativos do carbono 14 são empregados para calcular com precisão a idade dos fósseis encontrados por pesquisadores. Este elemento se tornou fundamental para o processo de datação de ossos e de outros tipos de matéria viva.

O homem tem usado os isótopos radioativos na Medicina para o diagnóstico e tratamento de muitas doenças, como, por exemplo, no mapeamento da tireoide, na pesquisa das hemácias, em casos de tumores cerebrais, entre outros segmentos. Já na Agricultura, os isótopos radioativos estão presentes nos adubos e fertilizantes.

Riscos à saúde humana

Por sua condição radioativa, esse tipo de isótopo pode ser danoso ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos. Um caso marcante envolvendo isótopos radioativos aconteceu em 1987, em Goiânia (GO), quando o material radioativo de um equipamento de radioterapia espalhou césio 137 pelo município, levando algumas pessoas à morte. Este foi um dos casos mais graves de acidentes com radiação no Brasil, e acabou provocando um aumento significativo no número de casos de câncer em Goiânia.

Existem cerca de 3800 isótopos radioativos no planeta, mas apenas 200 deles são amplamente usados pelo homem para algum tipo de finalidade.