Biologia

Tartarugas Marinhas

Pertencentes à família das Cheloniidae, as tartarugas marinhas habitam todos os oceanos do mundo, com exceção apenas do Antártico e, em sua maioria, são migratórias, viajando constantemente entre os oceanos.

A tartaruga-de-couro é a maior espécie, podendo chegar aos 2 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 600 kg de peso. As tartarugas marinhas pertencem a seis gêneros e sete espécies, e todas elas encontram-se, atualmente, em extinção. Os gêneros são Caretta, Eretmochelys, Chelonia, Lepidochelys, Dermochelys coriacea e Natator, e as espécies são tartaruga oliva, tartaruga cabeçuda, tartaruga verde, tartaruga de pente, tartaruga de kemp, tartaruga de couro e natator depressus.

Esses répteis são, em sua maioria, migratórios e buscam orientação nos polos magnéticos da Terra. Com comportamento solitário, grande parte de suas vidas se passa nas águas do oceano, submersas. O sistema auditivo, assim como a visão, é bem desenvolvido, e podem pesar entre 300 e 600 kg, podendo chegar aos 2 metros de comprimento e 1,5 metros de largura. Esses animais se alimentam de medusas, camarões, esponjas e água vivas, mas podem ser vegetarianas ou carnívoras, dependendo das espécies. As carnívoras alimentam-se de água viva, peixe, etc.

Tartaruga Marinha

Existe um fóssil de uma tartaruga marinha que, segundo estudiosos, é o mais antigo e tem pelo menos 110 milhões de anos, tendo sido encontrado no interior do Ceará em Santada no Cairiri.

Ciclo de vida das tartarugas marinhas

O ciclo de vida das tartarugas marinhas é bastante complexo, tendo como parte de seu processo diversos ambientes no decorrer de toda a vida. Isso acaba implicando em mudanças de hábitos, pois apesar de serem marinhas, utilizam-se das praias, ambiente terrestre, para a desova que garante um local adequado para a incubação e o nascimento dos filhotes.

Quando as tartarugas nascem vão diretamente em direção ao alto mar, onde alcançam regiões de convergência de correntes, encontrando aglomerados de algas e matéria orgânica flutuante, trazendo proteção e alimento para os filhotes. Lá permanecem por algum tempo, até atingirem a fase adulta que pode ser entre 11 e 16 anos no caso das tartarugas oliva, ou entre 20 e 30 anos na maioria dos casos. Após esse período, começam a viver em regiões de alimentação de onde saem somente para a reprodução, fase em que migram para as praias.

Tartaruga Marinha no Leito do Oceano

Preservação das tartarugas

As tartarugas já foram bastante abundantes nos oceanos, porém até mesmo as espécies mais populosas estão entrando em extinção em decorrência da alimentação humana, captura acidental, destruição de habitat de uso, etc.

No ano de 1980 foi criado o Projeto Tamar (Projeto Tartaruga Marinha) que começou a atuar por meio de um levantamento da costa brasileira e, dois anos depois identificar as espécies. Muitas estratégias foram adotadas para proteger as tartarugas e suas desovas. Em ambientes protegidos e cercados ficavam até o período de incubação, para, posteriormente, serem liberadas.