Geografia

Londres

Londres, cidade do sudeste da Inglaterra, capital da Grã-Bretanha, situada na garganta do estuário do Tâmisa, a oeste da desembocadura do rio. Constitui um ponto chave do comércio mundial e um florescente foco cultural e financeiro. A Bolsa do Reino Unido e Irlanda mantém sua posição de um dos maiores mercados de valores do mundo. Os seguros são peças básicas de seu setor de serviços, que vem proporcionando riqueza a Londres há mais de 300 anos. O turismo é outra importante fonte de receita. A indústria gráfica e as editoras se mantêm como um dos poucos setores saneados da indústria. Entre suas indústrias leves se destacam a produção têxtil e a fabricação de cerveja.

A expressão “City of London”, ou simplesmente City, se aplica apenas a um reduzido espaço (de 2,59 km2), local do assentamento original. A City e os 32 distritos que a rodeiam, com 1.579 km2, formam a área metropolitana da Grande Londres.

O assentamento original que deu seu nome a Londres (o forte romano de Londinium, fundado no século I d.C.) é o lugar onde se situa a City. A catedral de Saint Paul se levanta no extremo ocidental da City, enquanto a Torre de Londres se situa no sudeste. A ponte de Londres cruza o rio até Southwark. O West End abarca uma ampla zona do centro de Londres situada a oeste da City, na qual estão os teatros e áreas comerciais mais conhecidas. Seguindo a curva do rio para o sul, encontram-se os centros governamentais: Whitehall, a sede do Parlamento (chamado oficialmente Palácio de Westminster), o palácio de Saint James (residência do Príncipe de Gales), e o palácio de Buckingham (residência real em Londres).

Exatamente ao sul de West End, cruzando o rio, se encontra o palácio de Lambeth, sede do arcebispo de Canterbury, e perto, o South Bank Arts Complex, no qual se encontram o National Theatre (Teatro Nacional), o Royal Festival Hall e a Galeria Hayward.

O British Museum (Museu Britânico) é um dos maiores e mais famosos do mundo. Abriga mais de seis milhões de peças e sedia a British Library (Biblioteca Britânica). O Victoria and Albert Museum, em South Kensington, contém uma coleção de artesanato e objetos decorativos de todo o mundo. Junto ao mesmo se encontram o Museum of Natural History (Museu de História Natural) e o Science Museum (Museu da Ciência). A National Gallery, em Trafalgar Square, tem uma das melhores e mais variadas coleções de pintura do mundo. Entre os muitos centros de teatro profissional de Londres, estão o National Theatre (Teatro Nacional) e a Royal Opera House (Real Palácio da Ópera). Os espaços verdes de Londres sempre foram motivo de inveja para outras capitais, por seu número, tamanho e exuberância. Entre seus parques cabe destacar Hyde Park e o Regent’s Park, no qual se encontra o zoológico de Londres, o Zoological Gardens. A reputação das universidades e escolas de Londres é muito antiga, como demonstram University College e King’s College.

Os romanos, no século I a.C., ocuparam o enclave celta de Londinium. No século IX, os invasores vikings arrasaram grande parte da cidade. Pouco depois, foram expulsos pelos saxões, liderados pelo rei Alfredo, o Grande, que entrou na cidade no ano de 886. Em 1066, foi conquistada pelos normandos. No século XVII, durante a Guerra Civil inglesa, Londres se alinhou com Oliver Cromwell contra os realistas; a cidade inteira deu as boas-vindas a Guilherme III de Orange e à rainha Maria quando eles subiram ao trono, bem como à Declaração de Direitos (Bill of Rights) que trouxeram consigo. Em 1666, Londres foi devorada por um incêndio, e sua reconstrução foi feita em grande parte sob a influência de Sir Christopher Wren. O crescimento da população de Londres se acelerou no século XIX devido aos fluxos imigratórios recebidos de toda a Grã-Bretanha, das colônias e do resto da Europa. A mistura racial dos habitantes de Londres é marcante, e se calcula que, em um de cada cinco domicílios, o inglês não é a língua materna.
População (1991), 6.378.600 habitantes

Saint Paul, Catedral de, catedral projetada por sir Christopher Wren, que se converteu em um dos símbolos da cidade de Londres. A construção do edifício foi iniciada em 1675 e concluída em 1710. Aqui repousam os restos mortais do duque de Wellington e de Horatio Nelson.

Interior da catedral de Saint Paul, Londres
Christopher Wren projetou a catedral de Saint Paul (1675-1710) de Londres para substituir a antiga catedral, destruída pelo grande incêndio que devastou a cidade em 1666. Seu estilo classicista se inspira nos mestres italianos e franceses.

Londres, Torre de, fortaleza histórica situada na cidade de Londres, na margem norte do rio Tâmisa. Foi edificada por volta de 1076, por Guilherme I o Conquistador.

Foi usada como residência real do século XIII até o período isabelino, quando se converteu em prisão para os inimigos da Coroa. Ali foram executados, entre muitos outros, Ana Bolena, Catarina Howard e Joana Grey.

Museu Britânico, museu nacional de antigüidades e, até 1973, biblioteca nacional da Grã-Bretanha. Localizado na região de Bloomsbury, no centro de Londres, foi fundado em 1753, reunindo a coleção do médico e naturalista britânico Sir Hans Sloane; a coleção harleyana, compilada pelo estadista Robert Harley, primeiro conde de Oxford; e a biblioteca cottoniana, organizada pelo antiquário Sir Robert Cotton. O edifício do museu, situado na rua Great Russel, foi concluído em 1847. O departamento de antigüidades egípcias possui uma das maiores coleções do mundo. Entre as antiguidades gregas e romanas, guarda muitas obras famosas, destacando-se os mármores da coleção Elgin.