Biologia

Krill

Este crustáceo tem a estrutura do corpo semelhante a de um camarão, com o corpo dividido em cefalotórax (cabeça e tórax fundidos), abdome e cauda (tecnicamente denominada telson). No entanto, não é um camarão verdadeiro (Ordem Decapoda) mas um Eufausiáceo. Os animais deste grupo, conhecidos como Krill, têm menos de 4 cm de comprimento, 6 pares de patas presas ao tórax e 5 pares de patas abdominais. As patas torácicas são adaptadas para filtrar alimento na água do mar, funcionando como uma rede coletora devido à grande quantidade de cerdas nelas presentes. As patas abdominais têm formato de remo e são usadas para natação. Alimentam-se de pequenos organismos planctônicos.

O Krill é um animal planctônico, vivendo na coluna d’água em enormes enxames, cobrindo extensas áreas, e podendo atingir densidades de mais de 50.000 indivíduos por metro cúbico. São animais bioluminescentes, produzindo luz através de órgãos luminosos especiais denominados fotóforos. Durante a noite os bancos de Krill parecem enormes manchas luminosas na superfície do mar. Muitas aves oceânicas reconhecem estas manchas, alimentando-se do Krill como fazem os albatrozes. A foca caranguejeira, apesar do nome, é na realidade uma consumidora de Krill. No entanto, os maiores predadores deste crustáceo são as baleias verdadeiras, como a Baleia azul (Balaenoptera musculus), que com seus 30 metros de comprimento e mais de 150 toneladas de peso, pode consumir mais de 5 toneladas de Krill por dia. Os pingüins também podem comer Krill.

Após a fecundação as fêmeas liberam ovos que eclodem gerando larvas que tendem a afundar e se desenvolver em profundidades abaixo dos 1500 metros. Enquanto estágios de desenvolvimento vão sendo atingidos, a larva tende a subir a profundidades menores até atingirem a fase adulta, quando se concentram na superfície.

Existem 90 espécies de camarões eufausiáceos, sendo mais conhecido o Krill (Euphausia superba). É abundante nas águas polares, sendo um elo fundamental na cadeia trófica destas regiões.

O Krill tem sido muito estudado devido à grande importância que tem como fonte de proteína para o homem. Países como a Rússia e Japão já exploram este recurso para fins comerciais.