Geografia

Culinária da Região Norte do Brasil

Ao Norte do Brasil, região que se espalha por 3.869.637,99km2, é agreste a culinária.

E elaborada à base de peixes, em especial na forma de caldeiradas. Destacando-se, no Estado do Amazonas, o pirarucu e o tucunaré.

Testemunho da cultura indígena, os pratos são acompanhados, preferencialmente, por pirão.

No Estado do Pará, é obrigatório saborear a pescada paraense, o pato ao tucupl e o tacacã.

É possível também saborear jacarés, aves e animais silvestres, com destaque para a carne de paca.

Após a refeição principal, que inclui, muitas vezes, carne de tartaruga e frutas típicas.

Sorvetes de açaí, cupuaçu, manga, taperebá, uxl, graviola e muruçi, oferecidos também na forma

Pirarucu
O pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe que é encontrado geralmente na bacia Amazônica, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas. Costuma viver em lagos e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas com temperaturas que variam de 24° a 37°C, não sendo encontrado em zona de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos.

Este peixe é um dos maiores de água doce do mundo, e conhecido também como o bacalhau da Amazônia. Seu nome vem de dois termos indígenas: pira, “peixe”, e urucum, “vermelho”, devido a cor de sua cauda.

Esta espécie de peixe possui características biológicas e ecológicas bem distintas: De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Pode crescer até três metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg, possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca, ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam seus ninhos, reproduzindo durante a enchente; é papel do macho proteger a prole por cerca de seis meses. Os filhotes apresentam hábito gregário, e durante as primeiras semanas de vida, nadam sempre em torno da cabeça do pai, que os mantém próximos à superficie, facilitando-lhes o exercício da respiração aérea.

Apesar de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o tornam bastante vulnerável à ação de pescadores. Os cuidados com os ninhos, após a desova expõe os reprodutores à fácil captura com redes de pesca ou arpão. Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica de emergir para respirar ocorre em intervalos menores, ocasião em que os peixes são pescados. O abate dos machos nestas circunstâncias e também a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes, conhecidos como “bodecos” onde seu peso varia entre 30 e 40 quilos, propicia na captura destes por predadores naturais como as piranhas, fazendo assim com que o sucesso reprodutivo da espécie seja diminuído. O Pirarucu não apresenta dimorfismo sexual externo, salvo quando em época de reprodução, que apresenta diferenças nas colorações de suas escamas

Tucunaré
Tucunaré do indígenta Tucun=árvore e Aré=amigo (amigo da árvore), (Cichla spp.) é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil, também conhecida como tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pitanga, tucunaré-vermelho ou tucunaré-pretinho.

Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal.

Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. Na época de reprodução formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis. São peixes diurnos que se alimentam de qual quer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Ao contrário da maioria dos peixes da Amazônia, os tucunarés perseguem a presa até conseguir o sucesso.

O tucunaré é um peixe popular em pesca desportiva. A espécie C. orinocensis foi introduzida em Singapura com este mesmo propósito, mas com consequências trágicas para a fauna endémica da região.

Pirão
Pirão é um prato tradicional das culinárias do Brasil e de Angola feito à base de farinha de mandioca. É um prato originado da culinária dos indígenas brasileiros.

A farinha de mandioca não serve para o preparo de pão assado, a não seja quando misturada com a farinha de trigo. De forma pura, a farinha de mandioca é utilizada em pratos como: farofa, beijus, sopas, mingaus e pirões.

O pirão é uma papa de farinha de mandioca feita quando se mistura esta com água ou caldo quente. No Brasil o pirão pode ser preparado com diferentes tipos de caldos. O pirão mais comum é feito com a mistura da farinha de mandioca com a água em que foram cozidos peixes, formando uma papa viscosa que é comida como acompanhamento do prato principal.

Outros tipos de pirão:
• pirão de caldo de feijão
• pirão de camarão
• pirão de carne
• pirão de mandioquinha
• pirão de legumes

Pato no Tucupi
O pato no tucupi é um prato brasileiro típico da culinária paraense. É elaborado com tucupi, líquido amarelo retirado da mandioca brava, e com jambu, verdura típica do estado, que possui propriedade anestésica, causando uma leve sensação de tremor na língua.

O tucupi e o jambu também estão presentes em outra iguaria paraense à base de camarão chamada tacacá, muito preparado no período do Círio de Nazaré.

Pode ser acompanhado por arroz branco ou farinha-d’água de mandioca.

Tacacá
Tacacá é uma iguaria da região amazônica brasileira, em particular do Acre, Pará, Amazonas, Rondônia e Amapá. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. O tucupi e a tapioca (da qual se prepara a goma), são resultados da massa ralada da mandioca que, depois de prensada, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixá-lo em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi, na sua parte superior.

Sua origem é indígena e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada mani poi. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.”.

Sorvete
Gelado (português europeu) ou Sorvete (português brasileiro), termo este também utilizado em Moçambique, é um tipo de guloseima doce e gelada que é tipicamente preparada a partir de derivados do leite. Pode possuir diversos sabores, tais como de frutas, chocolate ou caramelo. A mistura é arrefecida enquanto agitada, para evitar a formação de cristais de gelo.

O gelado representa, de uma forma geral, todas as formas de doces gelados, sendo comumente utilizado como sobremesa. No entanto, os especialistas em culinária e os governos de alguns países distinguem vários tipos de gelado de acordo com as peculiaridades das diferentes formas de fabricação e ingredientes: o sorbet, de origem turca (Sherbat), assim como o gelato, de origem italiana, são alguns exemplos.

Na região Norte os sorvetes que se destacam mais são os de açaí, cupuaçu, manga, taperebá, uxi, graviola e muruçi.

Bibliografia:
http://www.google.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal

Texto enviado às 21:42 – 22/09/2009
Autor: Tabata Olim Rocha

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