Geografia

Suiça

A Suíça (oficialmente Confederação Helvética) é um pequeno país localizado no centro da Europa.

O país faz fronteira a Norte com a Alemanha, a Leste com a Áustria e o Liechtenstein, a Sul com a Itália e a Oeste com a França.

Os 26 cantões que integram a Confederação Helvética são: Aargu, Appenzell Ausser-Rhoden, Appenzell Inner- Rhoden, Basei-Landschaft, Basel-Stadt, Bern, Fribourg, Geneve, Glaurs, Graubunden, Jura, Luzern, Neuchatel, Nidwalden, Obwalden, Sankt Gallen, Schaffhausen, Schwyz, Solothurn, Thurgau, Uri, Valais, Vaud, Zug e Zurique.

Independência: 1º de agosto de 1291.

GEOGRAFIA
A Suíça é um país localizado no centro da Europa. Pode-se dividir a Suíça em três regiões geográficas: os Alpes, o planalto e o Jura. A geografia da Suíça é dominada pelas montanhas. De fato, 60% do território incluiu as cadeias montanhosas dos Alpes a sul e do Jura a norte. Entre as duas fica um planalto com bastantes elevações.

Área: 41.293Km (1.520Km2 são cobertos da água).

Clima: o clima da Suíça é temperado, com verões amenos e invernos rigorosos. Em termos climáticos pode-se dividir a Suíça em quatro regiões: extremo sul, os Alpes, o maciço central e o Jura.

Cidades: as cidades suíças são pequenas, nunca excedendo o meio milhão de habitantes (exceto zonas metropolitanas). Principais cidades: Zurique, Genebra, Basiléia, Berna e Lausanne.

Capital: Berna

POPULAÇÃO
População: 7.511.661. (julho 2007)

Composição: alemães 65%, franceses 18%, italianos 10%, espanhóis 2%, portugueses 1,5%, grisões 1%, outros 2,5%.

Densidade populacional: 176 habitantes por km2.

Distribuição da idade: 0-14 anos – 16,1% (homens 630.341/ mulheres 584.167), 15-64 anos – 68,2% (homens 2.596.996/ mulheres 2.553.108), 65 anos ou mais – 15,8% (homens 489.895/ mulheres 700.154). (2007)

Taxa de crescimento: 0,381%. (2007)

Taxa de nascimento: 9,66 nascimentos/1000 habitantes. (2007)

Taxa de mortalidade: 8,51 mortes/1000 habitantes. (2007)

Taxa de mortalidade infantil: 4,28 mortes/1000 habitantes. (2007)

Taxa de alfabetização (maiores de 15 anos que sabem ler e escrever): 99% da população. (2003)

Religião: cristianismo – 84,9% (cátolicos – 43,8%, protestantes – 34,6%, outras 6,6%), sem religião – 8,7%, outras – 5,2%, ateísmo 1,2%.

Línguas: A Suíça tem oficialmente quatro línguas: o alemão (63,7%), o francês (20,4%), o italiano (6,5%) e o romanche (0,5%) faladas. Esta diversidade linguística deve-se à vizinhança da Suíça.

A imigração de grandes grupos estrangeiros, sobretudo portugueses, espanhóis, italianos, sérvios e albaneses também permitiram a penetração de várias línguas estrangeiras como o português, o espanhol, o servo-croata e, recentemente o turco, entre outras.

CULTURA
A cultura da Suíça é sobretudo marcada pela diversidade línguistica mas bem divididas entre elas apesar das características do povo suíço serem mais homogêneas.

Caracteristicas da população: A mentalidade dos suíços é sobretudo pro-européia. Mesmo não estando integrada na União Européia, os suíços têm idéias européias: liberdade, tolerância e pluralismo. Também é dito que os suíços são conservadores nos seus ideais e que defendem um outro ponto de vista do que a Europa. Porém, é defendido que o que muito caracteriza a Europa hoje em dia é herdada da Suíça cujo país fora um dos primeiros a adotar uma democracia como se conhece hoje em dia.

No dia-a-dia, os suíços preferem coisas pequenas e não são esbanjadores. Mas são, sobretudo marcados pela pontualidade, a precisão e o perfeccionismo. É assim que funciona a economia, a política e o social. Tudo é regulado e perfeito, pois cada suíço sabe que o dinheiro pago em impostos é investido em infra-estruturas como caminhos-de-ferros, estradas, hospitais, escolas, etc. E também concordam a tecnologia com o respeito pelo ambiente criando a responsabilidade e o civismo. Civismo este que é notado em todos os níveis: desde a segurança rodoviária até às escolas passando pela maneira de ser, de comunicar, entre outros. Este civismo também é sentido nos mais diversos referendos que são criados incentivando os suíços a participar na vida política quer direta ou indiretamente proporcionando um sistema único no mundo de democracia direta que, ao contrário dos restantes países europeus com parlamentos ou senados, faz da Suíça um dos países mais democratas do Mundo mostrando também respeito e solidariedade. A solidariedade também é importante nos suíços, embora controversa. A Cruz Vermelha, os Direitos Humanos tiveram muito influência do país. Cada suíço contribui para a solidariedade através dos impostos ou de pagamentos voluntários. A controvérsia neste tema foi no acolhimento barrado a refugiados durante várias guerras, sobretudo a judeus durante a II Guerra Mundial culpando a Suíça por alguma parte da tragédia durante este tempo da história da Humanidade. É assim, de uma maneira geral, a cultura do povo suíço. Cultura que também está bem dividida nas quatro regiões lingüísticas. Apesar da importância do multilinguismo nas pessoas é necessário entender que os habitantes respeitam claramente as diferenças culturais cujas raízes encontram-se na língua falada em cada região.

Tudo está ligado, conectado. Apesar das várias línguas, culturas, pontos de vista, cantões com autonomia, a verdade é que a Suíça é como um relógio perfeito em que cada mecanismo está interligado sem interferir um no outro.

Esportes: tal como os outros países desenvolvidos, a Suíça possui um grande leque esportivo de atletas, clubes, estádios, praticantes anônimos, etc. O futebol é um dos esportes mais praticados no país. Conta com uma liga nacional de dez equipas e muitas outras amadoras espalhadas pelo país. O hóquei em gelo também é muito famoso e muitos outros esportes vão tendo destaque como o voleibol, o basquetebol, o handebol, etc. Do lado individual destaca-se, sobretudo o atletismo, a ginástica, o esqui e o tênis cuja maior figura representativa do país nesta modalidade é o campeão Roger Federer.


Roger Federer.

Os suíços, enquanto cidadãos amadores, também praticam desporto mostrando ser uma população ativa, ao contrário de outros países europeus. No Verão é, sobretudo praticado o skate e o ciclismo enquanto que no Inverno praticam mais esqui e snowboard.

Um dos esportes preferidos dos suíços é o ciclismo. Para muitas pessoas, a bicicleta é também o principal meio de transporte.

Artes: nas várias artes que compõe a cultura, desde o cinema à literatura passando pela música e pela arquitetura, a Suíça apresenta uma boa diversidade nestas áreas. Na música, dá-se grande ênfase à música folclórica única no mundo. Na história da música não há grandes compositores destacados, mas acredita-se que tenha dado boas contribuições. Atualmente as rádios nacionais são obrigadas por lei a emitir programas culturais sobre a Suíça. DJ Bobo é um cantor suíço conhecido na Europa e que teve destaque na Eurovisão.

No campo da literatura existe uma diversidade e autores e livros. Alguns autores conhecidos são Jean-Jacques Rousseau, Blaise Cendrars, Hermann Hesse. Alguns deles são confundidos com outra nacionalidade, pois publicam muitos livros nas capitais dos países vizinhos. Alguns atores suíços são também conhecidos no mundo inteiro, sobretudo a intérprete da primeira bond-girl em Dr. No, Ursula Andress.


DJ BOBO

Gastronomia: a gastronomia típica helvética é feita à base de leite. Os suíços, juntamente com os franceses, produzem queijo para a raclette que é derretida e servida com batatas cozidas e pickles. Além do queijo, o chocolate também é muito famoso no país e além mundo. A empresa Nestlé, sediada em Vevey (Vaud), produz chocolate suíço para ser comercializado em todo o Mundo. Na parte alemã é comum encontrar o rösti que é feito de batatas finas fritas misturadas com manteiga podendo juntar bacon, cebolas, entre outros ingredientes. Também é comum encontrar pratos feitos a partir de castanhas sobretudo nas zonas montanhosas (Valais e Tessino).

Os vinhos suíços não são muito famosos no Mundo pois a produção vinhateira na Suíça é muito reduzida apesar da tecnologia usada no processo de obtenção. A cidra de maçã, o absinto de Jura e a Rivella são outras bebidas famosas.

Tortas e quiches também são tradicionalmente encontrados na Suíça. Em particular, as tortas são feitas de todos os modos, desde maçã à cebola. Outro prato típico é os cervelats, lingüiça suíça feita especialmente no país e no sul da Alemanha. Na Suíça, a culinária é influenciada pelas outras culturas adjacentes como a francesa, alemã e italiana.


A raclette é um prato típico suíço

Arquitetura: graças à urbanização e a seu crescimento industrial, a Suíça sempre foi um solo fértil para os arquitetos. A Suíça não foi apenas o berço produtor de vários arquitetos famosos como também é um pólo de atração para alguns grandes nomes estrangeiros. Mas o pequeno tamanho do país e a falta de projetos de grande importância fizeram com que muitos arquitetos suíços buscassem trabalho no exterior.

Um dos mais famosos foi Charles Edouard Jeanneret (1887-1965) – mais conhecido como Le Corbusier. Ele nasceu em La Chaux-de-Fonds, Jura Suíço, oeste, mas passou a maior parte de sua vida profissional na França. Le Corbusier se tornou famoso por sua arquitetura funcional e por sua contribuição ao planejamento urbano. Uma de suas obras foi recentemente restaurada na sua cidade natal, mas muitos outros de seus trabalhos podem ser vistos na França e até mesmo em locais tão distantes quanto a Índia.

Teatro: A Suíça tem uma antiga e rica tradição teatral. Basiléia, Berna e Zurique oferecem produções, cujo sucesso vai muito além de suas fronteiras. O mesmo ocorre com Genebra.

Os grandes teatros, com ou sem orquestras e/ou corpos de balé, consomem boa parte dos respectivos orçamentos de suas cidades. Mas há igualmente numerosos pequenos teatros, muitos deles especializados em repertórios clássicos, comédias ou produções paralelas. A Suíça tem ainda uma grande quantidade de produções ao ar livre apesar da inclemência do tempo.

Música: Muitos suíços se tornaram conhecidos no mundo da música clássica: Arthur Honegger e Othmar Schoeck foram respeitados compositores. Honegger passou a maior parte de sua vida na França, onde ele fez parte de um grupo vanguardista de sua época, início do século XX. No mesmo século XX, o maestro, Ernest Ansermet, esteve intimamente ligado à Orchestre de la Suisse Romande, que fundou. Charles Dutoit e Mathias Bamert deram continuidade à tradição dos maestros suíços em orquestras de projeção internacional.

O Jazz se tornou popular, na Suíça, depois dos anos 30. Montreux, Willisau e Lugano realizaram grandes festivais populares. Berna possui uma reconhecida escola de Jazz. Uma ampla variedade de eventos musicais ao ar livre bem como festivais de música clássica são realizados durante o verão na Suíça.

EDUCAÇÃO
A educação é uma das coisas fundamentais na Suíça. Porém, em todo o território nacional não existe um sistema educacional: 26 cantões, 26 sistemas educacionais. Mas, existe similaridades, por exemplo, a constituição de 1848 exige que cada cantão tem de implementar nove anos de escolaridade obrigatória. Também existe um período pré-escolar (chamado infantine) que é muito comum em todo país e têm a duração de dois anos.

O período primário é normalmente dividido entre 4 a 6 anos. Têm o mesmo professor a cada ano para várias disciplinas e dá-se grande ênfase à matemática, história, língua, geografia, ambiente e muitas outras atividades extra-curriculares e desportivas. Aos 19 aanos, 20% os alunos frequentam centros federais de “maturação”. Cada cantão tem o seu centro e várias filiais espalhadas como e ETH de Zurique, a EPFL de Lausanne ou ainda a HEVS de Valais. Quem não segue este percurso pode optar pela aprendizagem que pode durar entre dois a três anos.

Este sistema permitiu criar um grande leque de profissões e de pessoal especializado permitindo uma mão-de-obra extremamente qualificada que é importantíssima para o país.

COMUNICAÇÕES
• Telefonia
Linhas de telefone fixas em uso: 5,123 milhões. (2005)

Linhas de telefone móveis (celular): 6,847 milhões. (2005)

Código de país da Internet: .ch

Número de usuários de Internet: 5,8 milhões (2005)

• Transportes
Embora muitos suíços sejam fanáticos por automóveis, eles usam o trem mais frequentemente do que em qualquer outro lugar do mundo, exceto no Japão. A infra-estrutura do transporte público cobre todo o país.

Os transportes públicos contam com comboios, autocarros, teleféricos, entre outros. A Suíça também apresenta uma altíssima densidade de estradas que ligam o país inteiro.

Canais: 65km2 (2003)

Portos: Basel

Aeroportos: 65 (2006) – Três aeroportos internacionais: Zurich-Kloten, Genebra e Basiléia-Mulhouse.


Os comboios são o transporte público mais usado pelos suíços

ECONOMIA
Moeda: franco suíço.

PIB: $255.5 bilhões (2006)

Per capita: $34.000 (2006)

Taxa de desemprego: 3,3% (2006)

Dívida externa: $1.077 bilhões (2006)

A economia da suíça é quase totalmente dependente das suas exportaçãoes pois é desprovida de recursos naturais (exeto as águas do degelo, os lagos e os rios). Ela está em 15º em relação aos países que mais exportam no mundo.

Apesar disso, a Suíça tem uma das economias mais ricas do mundo e é sede de inumeros bancos privados e de organizações internacionais.

Produtividade: a Suíça possui uma economia estável, com um PIB per capita superior a muitas outras nações européias. A base principal do “motor econômico” do país são:

• Exportações de material de precisão, como motores, jatos e relógios;

• Quimicos e produtos farmacêuticos;

• Serviços de seguros internacionais;

• Turismo

• Exportação de energia elétrica;

• Produtos lácteos como o queijo e o chocolate.

A localização geográfica, a estabilidade política e economica, as infra-estruturas bem conservadas, a educação superior e os impostos relativamente moderados proporcionam à Suíça uma economia próspera tornando o país um lugar de sede de organizações internacionais e multinacionais conhyecidas em todo o mundo como a Nestlé, a Novartis, a Swatch, entre muitas outras.

Os principais parceiros e importadores dos produtos suíços são a Alemanha, França, Itália seguindo-se os Estados Unidos, o Reino Unidos e o Japão. 80% das trocas economicas são feitas com a União Européia.

O poder da compra é alto, apesar do custo de vida o ser também. Porém, os altos salários, a inflação baixa (1%) e um nível de desemprego baixo permitem aos habitantes terem uma qualidade de vida muito acima de vários países.

– Relógios: os relógios suíços são geralmente produzidos por pequenas fábricas relojeiras. O total de exportações locais em 2005 superou os 11 bilhões de francos suíços.

– Farmacêuticas e químicas: a indústria farmacêutica suíça tem marcante participação mundial. Possui instalações de produção e pesquisa em muitos continentes. A sede dessas empresas estão localizadas em Basiléia. Empresas como Novartis, iniciaram suas atividades como fornecedores de produtos de tintura para a indústria têxtil suíça.

– Industrias de serviços: embora a Suíça mantenha uma forte base industrial, mais da metade da populaçãoativa no país trabalha na indústria de serviços, como bancos, seguradoras e turismo.

Os bancos e as companhias de seguro nacionais que operam mundialmente, em setores específicos como resseguros, lideram seu segmento. Os suíços são grandes poupadores – basta dizer que há em média de duas poupanças por habitante – evitam ao máximo possível correr qualquer tipo de risco. Isso explica o tamanho desproporcional assumido pelos setores bancário e de seguros na Suíça. E de certa forma esclarecem porque as empresas suíças conseguiram tamanha experiência nesses dois segmentos. Na verdade, tornou-se também um setor muito lucrativo para a economia local.

Hoje, há cerca de 2.700 agências de bancos na Suíça e mais de 100.000 bancários. Enquanto a maior parte dos seus negócios se concentram fora da Suíça, seus clientes, claramente, baseiam sua confiança na moeda suíça, na sua estabilidade política e na sua experência. O sigilo bancário, em alguns casos, é fator fundamental, mas frquentemente é mal interpretado se ele não se aplica quando inquéritos policias ou investigações criminais estão em andamento.

– Seguros: a maior parte das seguradoras suíças (Winterthur, Zurich, Baloise, Vaudoise, etc) adotaram o nome da cidade ou cantão onde foram fundadas. A maioria das seguradoras suíças oferece apólices de vida e outros seguros, mas 55 são especializadas em resseguros, isto é, asseguram os riscos de outras seguradoras.

As companhias de seguro empregam cerca de 45.000 pessoas. Mas essas empresas, como os bancos, têm ultimamente enxugado o número de empregados.

– Alimentos: os agricultores suíços são mais conhecidos por produtos de laticínios, mas a prematura industrialização também abriu caminho para o ínicio do processamento de alimentos. Do ponto de vista, os produtores de queijo podem ser considerados os primeiros processadores de alimentos.

Os clássicos produtos suíços, sopa instantânea ou cubos de carne, remontam às primeiras indústrias de alimentos na região de Winterthur, no começo do século XIX. Naquela época, os donos de fábricas já registravam as precárias condições dos operários devido à má nutrição. Ao mesmo tempo, porém, desaprovavam a perda de tempo de trabalho pela excessiva duração dos seus horários de refeição.

Foi assim que um Sr. Maggi, teve a inspiração de desenvolver cubos solúveis de sopa, precursores da ampla variedade de sopas instantâneas que lotam os mercados, sob os nomes de Maggi e Knorr. Hoje, as duas empresas são multinacionais.

Outra primazia suíça foi o café instantâneo, inventado por uma firma nas proximidades de Berna, mais ou menos em1930. Esse produto, entretanto, só começou sua carreira internacional através dos soldados dos Estados Unidos (US GIs), depois da Segunda Guerra Mundial. Naquela época, era um produto da Nestlé, que, mais tarde, passou a ser produzido por um processo de liofilização, atualmente usado para muitos outros tipos de alimentos.

Um pioneiro suíço, cujos esforços não foram recompensados à sua época, foi Dr. Max Bircher-Benner, que dirigia uma clínica exclusiva de saúde, em Zurique, no princípio do século XX. Para estimular seus debilitados pacientes, Bircher inventou uma espécie de papinha (muesli), composta de maçã ralada, grãos de cereais e um pouco de leite condensado, que ficou conhecido como Birchermuesli.

Hoje, há no mercado incontáveis cópias deste muesli como alimento para desjejum, mas muito mais calóricos do que Bircher havia idealizado.

Entre outros produtos de exportação da Suíça incluem-se sanduíches vegetarianos e com pasta de fígado, além de chocolate em todos os formatos e tamanhos.

Recursos: apenas 4% da população trabalha na agricultura e a cada dia, um ou dois agricultores deixam a atividade. A Suíça tem apenas 10% do território ideal para a produção agrícola. A maior parte dos produtos internos são as batatas, o milho, as saladas, as maçãs, os tomates, os morangos entre outros.O vinho também faz parte da agricultura sobretudo na zona francesa.

A Suíça também é uma importante potência industrial. As indústrias têxteis e alimentícias, a relojaria e o artesanato de madeira são tradiconais no país. Mas, graças à energia hidroelétrica, favorecida pelo relevo, ao capital e a uma mão-de-obra hábil, os ramos mais modernos da indústria puderam desenvolver-se.

Trabalho: embora a economia suíça venha registrado baixo crescimento há quase uma década, a produção e o desempenho continuam mantendo seu alto nível se comparadoscom outros países. As horas trabalhadas na Suíça superam as de nações vizinhas, com poucas pessoas trabalhando menos do que 40 horas semanais.

Os feriados na Suíça são poucos e as aposentadorias raramente ocorrem antes dos 60.

Suíça e a UE: a Suíça não é membro da União Européia. As possibilidades de adesão aumentarão na medida em que a maioria dos suíços se convencer de que a UE veio para ficar. O igresso na Unidade Européia permanece como objetivo do Governo Federal. Um pedido de adesão foi apresentando em Bruxelas, mas continua congelado. Devido ao sistema suíço de democracia direta, um pedido efetivo de adesão a UE implicaria realização de um referendo nacional e aprovação por maioria dos votos e Cantões. Atualmente, o melhor resultado que o governo poderia conseguir é um empate, colocando a proposta na geladeira por pelo menos cinco anos. Além disso, há certa preocupação quanto aos custos: a Suíça seria um grande contribuinte para os cofres da União Européia. Há, por outro lado, dúvidas de que a neutralidade suíça seja compátivel com uma adesão à UE.

DEFESA
O papel do Exército Suíço tem sido defender a indepêndecia do país, garantir sua segurança interna, promover a paz em contexto internacional e a ajuda humanitária após catástrofes naturais.

O serviço militar é obrigatório para todos os homens habilitados. As mulheres podem servir como voluntárias na maior parte das unidades. Quem se oponha ao serviço militar pode substiruí-lo por serviços comunitários.

Exército: 191,6 mil
Aeronáutica: 329 mil

POLÍTICA
A Suíça, apesar de ser um estado de pouca extensão, possui um sistema político bastante complexo, semelhante aos sistemas federais dos restantes países do mundo. A Constituição Federal da Suíça define o país como um Estado Federal composto por 26 cantões em que cada cantão tem a sua autonomia político-economica. A hierarquia política da Suíça é constituída da seguinte da maneira:

• Em primeiro lugar está o sistema Federal;

• Em segundo, o cantonal.

• Em terceiro, o sistema comunal.

O sistema federal trata das relações políticas com o exterior, a economia nacional, as Forças Armadas, os estatutos sobre as medidas internacionais, os caminhos-de-ferro), entre outros. Já o poder cantonal tem a sua própria política, tem o seu sistema de saúde e educação e até tem estatuto oficial perante a religião. Por exemplo, no cantão de Valais a religião oficial é a Católica enquanto que, no cantão de Vaud, a religião é o Protestantismo.

GOVERNO
O governo da Suíça é constituído por um Conselho Federal e por duas alas políticas. O Conselho Nacional e o Conselho de Estado.

O Conselho Nacional é constituído por duzentos lugares. Os seus deputados são eleitos por um período de quatro anos através de um sistema de representação proporcional. O Conselho de Estado é constituído por 46 lugares. Os cantões “inteiros” enviam dois representantes e os cantões divididos enviam um. Os representantes de cada cantão são eleitos pela população do respectivo cantão e o sistema de voto difere de um para outro pois cada um deles tem as suas regras.

As duas alas discutam as leis formadas, mas separadamente. Quando não se entendem, as leis têm que ser alteradas.

O Conselho Federal, Governo Federal ou Administração Federal é constituído por sete lugares. Cada membro tem direitos equivalentes e representa uma parte do Conselho Federal. Cada membro pode ser reeleito e não existe um limite máximo de mandatos. Os cargos que constituem o Conselho são: Assuntos Internos; Negócios Estrangeiros; Energia, Tráfego Ambiente e Comunicações; Economia; Finanças; Justiça e Política; e Defesa, Proteção e Desporto. Todas as decisões federais são tomadas no Palácio Federal sedeado em Berna.

Presidente: Micheline Clamy-Rey (desde 1º de janeiro de 2007) e Vice presidente – Pascal Couchepin.
A Suíça não tem um presidente de Estado como, por exemplo, em Portugal e no Brasil, o Presidente da República.

Existe uma pessoa que é eleita pelos sete conselheiros federais por um período de um ano. O presidente tem poderes muito limitados. No dia 1 de Janeiro de cada ano e no feriado nacional do dia 1 de Agosto dirige-se à população através de comunicações pela televisão e representa a Suíça em acontecimentos internacionais. Porém, em termos efetivos, cada membro do Conselho Federal tem mais poder que o próprio presidente federal. Além desses poderes, o presidente pode ter uma última palavra em caso de empate nas diversas votações que possam ocorrer quer no Conselho Federal ou nas duas alas políticas.

Democracia: para que toda a população possa participar na vida política, a Suíça tem um sistema único no Mundo de democracia direta. É muito freqüente a realização de referendos, quer a nível federal, quer a nível cantonal. Além do mais, os resultados de um referendo federal não implica a obediência de uma lei referendada por um cantão que tenha votado contra. Por exemplo se um cantão votar contra uma lei e em todos os outros cantões fora aceite, essa lei não entra no cantão que tenha votado efetivamente contra. Já em relação aos assuntos externos, é necessário haver a aprovação de todos os cantões como no caso da adesão da Suíça à União Européia. Para a realização de um referendo Nacional com o objetivo de alterar uma lei na Constituição Federal, é necessário que hajam 100’000 assinaturas a pedir salvo se for um referendo pedido pelo Governo Federal ou por cada um dos cantões.

A Suíça, à semelhança de outros países federais, é constituída por 26 estados autônomos em que cada um deles tem autonomia própria. Segundo a constituição federal, estes estados são designados cantões e são independentes e soberanos. Os cantões podem criar as suas leis de modo a que essas leis não interfiram nos outros cantões. Tal como a nível nacional, cada cantão tem a sua constituição, as suas regras, os seus estatutos, etc. Todos os cantões têm o seu parlamento o que reforça as suas autonomias.


O Palácio Federal onde as decisões nacionais são tomadas pelos sete membros do Conselho Federal.

HISTÓRIA
A história da Suíça começa antes do Império Romano: em 500 a.C. Nessa altura, muitas tribos celtas estavam localizadas nos territórios do Centro-Norte da Europa. A mais importante tribo era a dos Helvécios, nome que iria originar a designação atual da Suíça. Os Helvécios, bem como as outras tribos, pertenciam aos Proto-Indo-Europeus onde se destacavam também os gregos, os romanos e os povos do Sul da Rússia.

Ao contrário do que era dito pelos Romanos e pelos Gregos, os Helvécios não eram selvagens mas sim avançados na técnica de jóias e outras peças pequenas. As escavações feitas no Lago de Neuchâtel provaram isso. Em 58 a.C., os Helvécios tinham planeado descer para Sul mas foram parados pela República Romana perto de Bibracte pelo general Júlio César, e foram obrigados a recuar.

Os Romanos controlaram o território suíço até cerca 400 d.C. Foram criadas fronteiras e fortalezas a Norte do rio Reno para conter as invasões provenientes do Norte da Europa. Com o imperador Augusto, os romanos conquistaram a parte Oeste da Alemanha e a Áustria. Muitas cidades atuais da Suíça foram fundadas naquela era: Genibra (Genebra), Lausanna (Lausanna), Octodurum (Martigny), Salodurum (Soleura), Turicum (Zurique), Sedunum (Sion), Basilia (Basileia), entre outras.

O período da Idade Média da Suíça foi um pouco confuso até à formação da antiga Suíça. Depois da queda do Império Romano, foram formados pequenos reinos e grão-ducados no centro da Europa. Sabe-se que o território da Suíça foi integrado ao Sacro Império Romano-Germânico. O que se sabe ao certo é que vários territórios pequenos começaram a se fundir através de acordos para que a cooperação pudesse proporcionar defesa mútua.

CURIOSIDADES
• A expectativa de vida na Suíça praticamente dobrou de 1900 para cá. Um homem nascido hoje viverá em média 77.9 anos, enquanto que a mulher chegará aos 83 anos.

• A suíça tem 1,11% de habitantes com mais de 100 anos, a mais alta porcentagem da Europa. Apenas os japoneses conseguem melhores marcas. Em 2000, havia 798 habitantes centenários, dos quais, 677 eram mulheres, em meio a uma população de 7.2 milhões.

• Pequenas quantidades de açafrão são produzidas na região do Alto-Ródano, no Cantão do Valais. O extremamente caro e reluzente pó, originário da planta do açafrão, ou crocus sativus, é usado para dar cor e sabor ao arroz e às massas, assim como a algumas bebidas alcoólicas.

• A Suíça é um bom país para você ter uma quebra na monotonia de igrejas, museus, escultura, etc. Tem muita natureza, esportes radicais e cenários lindos!

• Os suíços são conhecidos por seus bancos e companhias de seguro, seu chocolate, seus queijos, seus fondues, seus relógios, sua indústria química e farmacêutica (representada por empresas como, por exemplo, a Novartis – originada pela fusão entre a Ciba-Geigy e a Sandoz -, a Roche, ou a OM Pharma), sua indústria cosmética de alta qualidade e prestígio internacional (destacam-se marcas como La Prairie, Juvena, Valmont, entre muitas outras), sua indústria alimentar (destaca-se a “gigante” Nestlé), sua indústria têxtil de qualidade, sua neutralidade e seus internatos privados.

• A capital administrativa é Berna, apesar de muitos acharem que é Zurique.

• A Suíça é uma das economias mais ricas do Mundo e é sede de inúmeros bancos privados e de organizações internacionais como a FIFA e a UEFA.

• O povo suíço é muito ‘certinho’, muito frios e não se comunicam muito com as outras pessoas.

• O inverno é muito frio e no verão costuma chegar no máximo aos 30 graus.

• Algumas mulheres fazem topless. (E por incrível ninguém fica olhando).

• Existe um refrigerante que se chama Rivela, é feito de soro de leite, mas não é branco, é da cor do Guaraná do Brasil.

• O chocolate é muito forte.

• Não existe “Crepe Suíço” na Suíça.

• Nos Alpes também crescem orquídeas.

• Roupas não podem ser estendidas para secar aos domingos.

• Você não pode lavar seu carro aos domingos.

• É proibido cortar a grama aos domingos, pois isso faz muito barulho.

• É ilegal dar a descarga da privada depois das 22h se você mora em apartamento.

• As mulheres na Suíça não gostam de compromisso sério. Quando casam, parece que eles dividem apartamento com um amigo! Tudo separado, nada de “união” em lugar algum! Claro, algumas seu cuidam, mas na maioria as novinhas. Muitas na faixa dos 30 sequer fazem as unhas! São relaxadas mesmo! Quando você vê uma mais ou menos, maquiada e perfumada, pode ter certeza que não é suíça (em 80% dos casos)! As mais velhas fedem. Não são nem um pouco carinhosas, são frias mesmo! Realmente, elas esperam sempre lugares caros e presentes exorbitantes. Rolam também as perua, são chamadas “Tussi”. Essas são milionárias! E cozinhar ou passar nem pensar! Muitas não fazem nem pra elas próprias! Claro, há as que optam pela vida caseira, são mães e só fazem isso. Trabalhar e ser mãe.. JAMÉ.

Texto enviado às 19:12 – 17/09/2009
Autor: Júlia Segatto Streck

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