História

Revolução Inglesa

No início do século XVII, era grande a prosperidade econômica da Inglaterra.

A burguesia mercantil estava se tornando cada vez mais rica, com o crescimento da produção têxtil. Era ela quem possuía o controle do comércio internacional.

A Monarquia Absolutista adotou uma política mercantilista, o que ajudava a uma grande parte da burguesia.

Mas existiam os burgueses que se dedicavam à produções voltadas para o mercado interno, não obtendo grande lucro. Não conseguindo ajuda para que houvesse o aperfeiçoamento da produção, o que aumentaria o lucro, decidiram manifestar sua insatisfação, querendo a diminuição dos privilégios da alta burguesia.

A dinastia Stuart
A situação foi piorando. Os camponeses passavam por dificuldades, principalmente com os cercamentos, pois eram expulsos dos campos. Os cercamentos dos campos (enclosures) foi uma medida adotada pelo rei para que houvesse a criação de ovelhas e a produção agrícola dentro desses cercamentos.

Havia também conflitos entre alguns grupos religiosos, como os católicos, os calvinistas, os puritanos e os anglicanos.

Para impor sua autoridade, o primeiro rei da dinastia dos Stuart, Jaime I, tomou algumas medidas. Diminuiu o lucro da alta burguesia e fechou o Parlamento, só o convocando quando fosse de sua vontade.

Os grupos religiosos
Católicos: pequeno grupo que tendia a desaparecer.
Calvinistas: formado pela pequena burguesia e por setores pobres da sociedade.
Puritanos: era um grupo mais radical que vinha do calvinismo.
Anglicanos: formado por membros da nobreza e da alta burguesia.

Tanto os calvinistas, que eram os mais moderados, quanto os puritanos eram contra os anglicanos. Eles reivindicavam por maior participação elegendo membros para o Parlamento. Estavam indo contra o absolutismo. Já o rei apoiava os anglicanos.

Depois de Jaime I, foi a vez de Carlos I ser rei. Ele foi mais autoritário que seu antecessor.

Carlos I quis intervir nos conflitos religiosos da França, e acabou sendo derrotado. A insatisfação contra seu reinado cresceu. O Parlamento não aceitava mais o que era imposto pelo rei, que queria o fortalecimento militar inglês. O rei decidiu fechar o parlamento, o que aconteceu, ficando assim até 1628.

O rei também passou a perseguir os puritanos, que foram obrigados a fugir para as colônias da América do Norte.

Essas medidas foram tomadas para tentar acabar com as oposições ao governo.

Então, em 1637, Carlos I tentou obrigar os escoceses (a Escócia era província da Inglaterra) a adotarem o anglicanismo como religião. Eles não aceitaram, o que fez por provocar uma guerra civil.

A Guerra Civil
Os escoceses estavam sendo obrigados a adotar a religião anglicana, mas tinham por religião oficial o prebiterianismo calvinista.

Os escoceses não aceitaram, e se rebelaram contra a o rei. Formaram um exército pretendendo invadir a Inglaterra.

O rei Carlos I precisava de recursos para fortalecer o exército inglês, então resolveu convocar o Parlamento. Mas os parlamentares queriam fazer exigências ao rei, este, que não chegando a um acordo, acabou fechando o parlamento.

Em 1640, não houve outra alternativa senão convocar novamente o Parlamento. As exigências feitas pelos parlamentares foram: acabar com vários impostos; se o rei não convocasse o parlamento em um período de 3 anos, este poderia se auto convocar; não poderia haver a dissolução do parlamento sem seu consentimento.

O rei acabou por não cumprir as exigências, e se aliou aos capitães da alta burguesia para se confrontarem com o parlamento.

Um exército formado pelos puritanos foi convocado pelos parlamentares. A liderança do exército ficou com Oliver Cromwell. A vitória sobre as forças do rei veio rapidamente. A guerra acabou em 1646.

O rei foi preso e executado em 1649. Como forma de governo veio a República Puritana, sendo a Monarquia extinta temporariamente.

A República de Cromwell
Oliver Cromwell de De CrayerA República Puritana foi liderada por Oliver Cromwell, que agiu com autoridade, uma ditadura.

As medidas que eram tomadas serviram apenas para atender os interesses da burguesia puritana.

Cromwell decretou, em 1651, o Ato de Navegação, medida de caráter mercantilista, que determinava que todo o transporte de mercadorias para a Inglaterra tinha que ser feito somente por navios ingleses. Não tendo que gastar dinheiro com fretes.

Essa medida ajudou para que a Inglaterra se tornasse a maior potência marítima.

Durante seu governo as províncias Escócia e Irlanda tentaram suas independências. Foram reprimidas e depois unificadas.

Em 1658, Oliver Cromwell morreu. Não havendo um sucessor, decidiram restaurar a Monarquia.

Restauração da Dinastia dos Stuart
Em 1660, foi restaurada a dinastia dos Stuart, subindo ao trono Carlos II.

Como o novo rei já tinha demonstrado suas tendências absolutistas, o Parlamento procurou manter algumas garantias. Foi aprovada a lei do habeas corpus, em 1679, que garantia que o cidadão que estava sob suspeita não poderia ser preso se não houvesse provas. Mesmo tendo alguma acusação, o indivíduo poderia responder o processo em liberdade.

Essa medida garantia uma certa indepenência do cidadão em relação ao rei.

Com a morte de Carlos II, foi a vez de seu irmão Jaime II assumir o trono. Ele agiu com mais autoridade que seu irmão, sendo mais absolutista que ele.

O Parlamento não queria o absolutismo do rei, mas etavam temendo que se eles tentassem uma rebelião contra o rei se tornasse uma rebelião popular.

A Revolução Gloriosa
A burguesia tentou um golpe de Estado contra o rei. Os parlamentares ingleses ofereceram o trono da Inglaterra ao príncipe da Holanda, Guilherme Orange, e em troca exigiram sua submissão aos interesses do parlamento.

Em 1688, os exércitos de Guilherme Orange entraram em Londres. Jaime II foi deposto.

Guilherme teve que fazer o juramento de Bill of Rights (declaração de direitos), no qual era proibido a restauração do Absolutismo Monárquico.

Foi instituída uma Monarquia Parlamentar, passando o poder político para as mãos da burguesia.

Com o novo governo, houve a ampliação das atividades mercantilistas, o que possibilitou o crescimento da concentração de capitais, o que mais tarde veio ajudar na Revolução Industrial.