Projeto Genoma Humano
O Projeto Genoma Humano (PGH) começou a ser discutido já na década de 1980, com o objetivo de mapear cada um dos genes que formam o cromossomo humano. Os genes são pedaços de moléculas de DNA; e o Genoma é um grupo de cromossomos.
Os primeiros passos dessa pesquisa foram dados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, que à época promoveu um workshop para avaliar métodos disponíveis para detecção de mutações no genoma humano. Em seguida, foi criado na França o Centre d’Etude du Polymorsphisme Humaine, dedicado ao estudo do Polimorfismo Humano.
Em 1990, o Projeto Genoma Humano surgiu de forma oficial com a meta de identificar cada um dos 100 mil genes humanos por meio de um mapeamento genético. O estudo foi feito com a finalidade de registrar cada um dos genes do cromossomo, determinar a ordem dos nucleotídeos e suas funções.
Segundo cientistas, a identificação do genoma humano poderia facilitar a cura de muitas doenças. Ainda assim, o projeto encontrou críticos e gerou controvérsias.
O projeto foi lançado nos Estados Unidos com o patrocínio do NIH – National Institutue of Health, e do DOE – Department of Energy. Laboratórios da Europa, do Japão e da Austrália também participaram da pesquisa, criando a coordenação internacional HUGO – Human Genome Organization. O valor investido no projeto foi de US$ 53 bilhões.
Ainda hoje, o projeto é desenvolvido em escala mundial, contando também com a participação brasileira. São 5000 cientistas, em 250 laboratórios, trabalhando para mapear a totalidade do genoma humano.
Os trabalhos são realizados buscando uma melhoria e simplificação dos métodos de diagnóstico de doenças genéticas, a evolução das práticas terapêuticas e a prevenção de doenças. Organizações internacionais também têm atuado na causa, buscando respeitar a integridade do genoma humano. Um exemplo disso é a Declaração da Unesco, que determina que “o genoma humano é propriedade inalienável de toda a pessoa e por sua vez um componente fundamental de toda a humanidade, devendo ser respeitado e protegido como característica individual e específica”.
Em julho do ano 2000, os pesquisadores do Projeto Genoma Humano informaram que haviam sequenciado quase todo o genoma humano. O anúncio foi feito na Casa Branca, com a presença do então presidente norte-americano, Bill Clinton.
Atualmente, 97% do código genético humano já foram mapeados.