Geografia

Problemas Sociais e Estruturais Urbanos

A urbanização no Brasil se tornou intensa na década de 1950, quando muitas pessoas passaram a deixar a zona rural e as áreas mais pobres do interior do país para tentarem a vida nas grandes cidades, com destaque para as metrópoles do sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. Esse processo foi estimulado pelo desenvolvimento das atividades industriais.

Como a urbanização não foi um processo planejado, o Brasil começou a enfrentar diversos desafios e problemas sociais. A grande massa concentrada nas cidades não tinha acesso aos seus direitos mais básicos, como educação, transporte e saúde.

A infraestrutura precária, e não adequada para receber tantas pessoas, começou a entrar em colapso, favorecendo o surgimento das favelas, o aumento da população de rua, a violência urbana e a desigualdade social. O desemprego também atingiu um grande número de pessoas, dificultando ainda mais o acesso à saúde, educação e a uma vida digna.

A falta de moradia para tanta gente trouxe vários problemas. A população passou a ocupar áreas impróprias, como áreas de encostas, por exemplo. Os conjuntos habitacionais ilegais, sem saneamento básico, asfalto e iluminação, passaram a conviver com o aumento de casos de doenças, assaltos e outros tipos de problemas sociais.

As populações das favelas estiveram, e ainda estão, entre as mais prejudicadas, sem acesso a serviços públicos e vivendo em situação precária. A péssima educação pública do Brasil também agrava o problema social, pois sem qualificação profissional as pessoas não conseguem entrar para o mercado de trabalho nos grandes centros urbanos.

Nos últimos anos, a saúde tem se tornado um dos mais graves problemas estruturais do Brasil, com postos de saúde, hospitais e médicos insuficientes para atender uma demanda tão grande. Com isso, as unidades de saúde pública concentram filas enormes, falta de medicamentos e aparelhos e despreparo dos profissionais.

A violência urbana também é um grave problema. Hoje, as pessoas vivem com medo nas grandes cidades, se tornaram reféns da criminalidade com o alto índice de assassinatos, assaltos, sequestros e arrastões.