Química

Plutônio

História
O plutônio, cujo nome deriva do planeta Plutão, foi o segundo elemento transuraniano a ser descoberto; o isótopo Pu 238 foi produzido em 1940 por Seaborg, McMillan, Kennedy e Wahl, na Universidade da Califórnia – Berkeley, através do bombardeamento de urânio com deuterões, num ciclotrão de 60 polegadas.

O mais importante dos seus isótopos é o Pu 239, produzido em grandes quantidades em reacções nucleares a partir do urânio.

Em Agosto de 1942, B.B. Cunningham e L.B. Werner foram bem sucedidos ao isolarem cerca de uma micrograma de Pu 239, no Laboratório Metalúrgico da Universidade de Chicago. Este fato fez do plutônio, o primeiro elemento sintético a ser obtido em quantidades visíveis, tendo aqueles investigadores conseguido isolar uma amostra de 2,77 microgramas, em 10 de Setembro desse ano.

Aplicações
O plutônio tem assumido uma posição de destaque entre os transuranianos, devido ao seu frutífero emprego em armas nucleares, bem como no desenvolvimento da indústria de energia nuclear; cerca de 1/4 de quilograma de plutônio origina dez milhões de quilowatt.hora de calor. A sua importância deriva essencialmente da sua facilidade de fissão com neutrões.

É possível observar plutônio em minérios de urânio naturais, embora em quantidades residuais. O seu processo de formação é muito semelhante ao do neptúnio, resultando da irradiação com neutrões, do urânio natural.

Ação Biológica
Devido à sua elevada taxa de emissão de particulas alfa, e à particularidade fisiológica do elemento ser absorvido pela medula óssea, o plutônio é radiologicamente venenoso (mais do que qualquer outro transuraniano), devendo por isso ser manuseado com extrema precaução e equipamento especial.

Fonte:
http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e09400.html