Eletrólise Ígnea
O termo ígnea vem do latim igneu: ardente.
A eletrólise ígnea exige eletrodos inertes que possuam elevado ponto de fusão. Geralmente são usados a platina ou grafita.
A eletrólise do NaCl é um processo economicamente importante. O NaCl se funde à temperatura de 808 ºC.
NaCl(sólido) => NaCl(líquido)
Através de dissociação…
NaCl => Na1+ + Cl1-
Os íons Cl1- se dirigem para o ânodo (pólo positivo), perdem seus elétrons e são transformados em gás cloro, Cl2 .
2 Cl1- => Cl2 + 2 e- (oxidação)
Os íons Na1+ se dirigem para o cátodo (pólo negativo), recebem um elétron e são transformados em sódio metálico (Na0). A equação foi multiplicada por 2 para igualar o número de elétrons na redução e na oxidação.
2 Na1+ + 2 e- => 2 Na0 (redução)
A equação global da eletrólise é dada pela soma das reações de dissociação do sal e das reações que ocorrem nos eletrodos.
2 NaCl => 2 Na1+ + 2 Cl1-
2 Cl1- => Cl2 + 2 e- (oxidação)
2 Na1+ + 2 e- => 2 Na0 (redução)
reação global 2 NaCl => Cl2 + 2 Na0
A eletrólise ígnea permite a obtenção do alumínio a partir da bauxita (Al2O3). Em condições normais a bauxita funde a 2050 ºC. Com a utilização da criolita (Na3AlF6) como fundente, esta temperatura cai para 1000 ºC.
Al2O3 => 2 Al3+ + 3 O2-
No pólo negativo…
4 Al3+ + 12 e- => 4 Al0
No pólo positivo…
6 O2- => 3 O2 + 12e-
equação global…
2 Al2O3 => 4 Al3+ + 6 O2-
4 Al3+ + 12 e- => 4 Al0
6 O2- => 3 O2 + 12e-
2 Al2O3 => 4 Al0 + 3 O2
O gás oxigênio formado na oxidação reage com o carbono do eletrodo de grafita produzindo CO2 .