Português

Conectivos

Os conectivos na língua portuguesa

Você sabe o que são os conectivos e qual sua função dentro da língua portuguesa? Trocando em miúdos, os conectivos podem ser definidos como expressões ou apenas palavras que ligam as frases, orações, parágrafos e períodos, de modo a conectar as ideias e argumentos de forma coesa e coerente. A categoria das conjunções é a que mais desempenha esse papel no Português, já que são palavras invariáveis usadas para ligar termos e orações dentro de uma frase. Contudo, há também alguns advérbios e pronomes que também podem funcionar como conectivos.

Saber fazer um bom uso dos conectivos é essencial, de modo a contribuir para a clareza e a fluência das ideias. Ademais, os conectivos são um dos elementos mais importantes para a coesão textual. Portanto, empregar esses termos de maneira equivocada pode limar a clareza de seu texto, impedindo a compreensão da mensagem textual por parte do receptor.

Unindo 2 peças de quebra-cabeca

Tipos

A classificação das conjunções e locuções conjuntivas usadas como conectivos se baseia no tipo de relação entre os elementos conectados. As conjunções podem ser coordenativas, quando ligam termos ou orações independentes com a mesmo função sintática, ou então subordinativas, quando empregadas para juntar orações que dependem sintaticamente entre si.

Tendo isso em mente, podemos separar os conectivos em vários tipos, dos quais citamos uma lista de 15:

1. Prioridade e relevância: conectivos usados para apresentar uma ideia, frequentemente no início da frase e para emprestar relevância ao que está sendo falado. Exemplo: “em primeiro lugar”.

2. Tempo, frequência, duração ou ordem: conectivos empregados para situar o leitor quanto à sucessão dos fatos ou ideias. Exemplo: “logo após”.

3. Semelhança ou comparação: usados para estabelecer relações com ideias anteriores ou outros textos (intertextualidade). Exemplo: “da mesma forma”.

4. Condição ou hipótese: empregados em situações circunstanciais e hipóteses futuras. Exemplo: “eventualmente”.

5. Continuação ou adição: usado para acrescentar algo ao texto, que tenha conexão com o conteúdo prévio. Exemplo: “além disso”.

6. Dúvida: utilizado para expressar uma dúvida ou contingência. Exemplo: “talvez”.

7. Certeza ou ênfase: no caso de se querer expressar uma certeza ou enfatizar alguma ideia. Exemplo: “certamente”.

8. Surpresa ou imprevistos: usados para contextos de surpresa ou de imprevisão. Exemplo: “de repente”.

9. Ilustração ou esclarecimento: empregados para esclarecer alguma ideia obscura no texto. Exemplo: “ou seja”.

10. Propósito ou finalidade: usados para o autor do texto expressar seu objetivo ou meta. Exemplo: “a fim de”.

11. Proximidade ou distância: advérbios de lugar e pronomes demonstrativos, por exemplo, usados para indicar uma distância. Exemplo: “perto de”.

12. Conclusão ou resumo: empregados com o fim de concluir um parágrafo ou resumir as ideias colocadas no texto. Exemplo: “em suma”.

13. Causa e consequência: usados para explicar as causas e os efeitos de uma ação ou um fato. Exemplo: “por conseguinte”.

14. Contraste, oposição ou ressalva: empregados com o objetivo de opor ideias ou conceitos em um dado texto. Exemplo: “contudo”.

15. Ideias alternativas: usados para citar e elencar mais de uma opção de algo. Exemplo: “ou…ou”.

Veja também:

Ortografia da Língua Portuguesa

Valor semântico de elementos coesivos

Coesão e Coerência

Elementos da textualidade

O que é um Texto?

Crase

Utilização do Porque – Por quê – Porquê – Por que