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Regência Verbal

A regência verbal trata-se de uma relação sintática de dependência determinada entre o verbo (termo regente) e seu respectivo complemento (termo regido). É a regência que determina se uma preposição é necessária para unir o verbo a seu complemento.

Quando os termos passam a exigir a presença de um outro, eles são chamados de regentes ou subordinantes, enquanto que os que completam o seu significado são conhecidos como regidos ou subordinados.

Quando acontece do termo regente ser um nome (adjetivo, substantivo ou advérbio), ocorre a regência nominal. Mas, quando o termo regente é um verbo, a classificação é regência verbal.

Enquanto que na regência nominal o termo regido deve ser obrigatoriamente preposicionado, na regência verbal não há esta obrigatoriedade.
Ou seja, a regência verbal ocorre quando o termo regente é o verbo. Além do mais, a relação da regência também se faz presente entre orações dependentes.

Exemplos de uso da regência verbal

Veja a seguinte frase: “As mulheres se encantaram com a decoração da igreja”.

Note que, o verbo “encantar” precisa de um complemento, afinal, quem se encanta, se encanta com algo ou alguém, não é mesmo?

Se removêssemos o termo regido, a frase ficaria da seguinte forma: “As mulheres se encantaram”. Se encantaram com o que? O verbo encantar necessita de uma especificação, pois além da frase ficar vaga e incompleta, há uma possibilidade de coisas com as quais as mulheres poderiam se encantar. Nesta frase, a complementação foi realizada pela preposição “com”.

Analise este outro exemplo:

Ela se esqueceu de que a inscrição deveria ser feita até sexta-feira.

A frase conta com duas orações. São elas:

Oração 1: Ela se esqueceu

Oração 2: de que a inscrição deveria ser feita até sexta-feira.

A primeira oração (a principal) possui seu sentido complementado pela segunda oração, que é regida por aquela. Isso porque é preciso especificar do que ela se esqueceu. Do contrário, a frase ficaria completamente sem sentido.

São orações dependentes entre si, que são ligadas por intermédio da preposição (de) e pela conjunção subordinativa (que).

Confira abaixo algumas situações de comunicação, nas quais a regência verbal costuma gerar confusão e dúvidas, principalmente em relação à escrita:

  • – Amanda aspira à carreira de advogada. (aspirar a = objetivar/desejar)
  • – O rapaz assistiu ao filme hoje. (assistir a = ver/presenciar)
  • – Aqui na zona urbana, aspiramos um ar poluído. (aspirar = respirar)
  • – O médico assistiu o paciente. (assistir = cuidou/socorreu)
  • – Eu me lembrei da música. (lembrar a si mesmo de alguma coisa)

Conclusão

Para finalizar, a regência verbal é concretizada quando um verbo possui o seu sentindo completado por outro termo (o regido), estabelecendo todo um significado. É importante ressaltar que a relação de regência é indicada entre orações dependentes entre si.

Em alguns momentos, podem surgir algumas dúvidas ou até mesmo passar despercebido e enviar para alguém uma frase sem sentido (em um e-mail, por exemplo). Portanto, não deixe de prestar atenção e praticar a regência verbal sempre!