Biologia

Rato

Animal pertencente a classe Mammalia, subclasse Theria, infraclasse Eutheria, ordem Rodentia, família Muridae. Esta é uma das maiores famílias existentes entre os mamíferos. A espécie mais comum que encontramos é o Rattus rattus. Apresentam o par de incisivos frontais muito desenvolvido e afiado, característicos da ordem Rodentia. Os ratos e os camundongos diferem, principalmente, no tamanho, mas quanto as outras estruturas são aparentemente idênticos. O dorso apresenta pelagem de coloração cinza, marrom, vermelha ou preta e a região ventral, frequentemente, é acinzentada. A cauda é escamosa e desprovida de pelagem. Diferente do gambá, não pode usar da cauda para se pendurar. Medem em torno de 80 a 300 mm, exceto a cauda que pode apresentar tamanhos diversos e muitas vezes é de tamanho similar ao corpo. Chegam a atingir de 200 a 400 gramas, com alguns indivíduos alcançando os 500 gramas. O corpo apresenta formato de bolsa ou até certo grau é fino. Em algumas espécies o pé é adaptado a uma vida terrestre, enquanto em outras é adaptado à uma vida arborícola.

A espécie Rattus rattus é provavelmente original da região da Malásia, mas hoje é cosmopolita, graças a convivência com o homem. Muitas das espécies de Rattus vivem em florestas tropicais, campos abertos, como as savanas, campinas, etc, diferente de algumas que vivem junto de residências humanas. Os ratos escondem-se durante o dia em buracos, sob rochas, em troncos e pilhas de lixo. À noite saem para procurar alimentos. Estes animais são escaladores extremamente ágeis e podem correr por um fio de apenas 1,6 mm de diâmetro. Em residências, podem ser achados em lugares altos e secos. Podem ser encontrados também em amontoados de lixo, procurando alimento.

São animais onívoros, comendo uma ampla variedade de plantas e matéria animal. Muitas espécies tem preferência por sementes, cereais, nozes, vegetais e frutas. Podem fazer parte da dieta insetos e outros invertebrados (por exemplo, a minhoca). A espécie que vive entre os humanos pode se alimentar de qualquer coisa, como sabão, couro, papel e cera-de-abelha.

Em muitas espécies existe um sistema social, onde o macho dominante delimita um território contendo algumas fêmeas. Cada macho exclui os outros de seu território e apenas ele pode-se acasalar com as fêmeas residentes. As fêmeas de uma colônia cuidam coletivamente de suas proles. Estas colônias territoriais se mantém muito bem organizadas e os ninhos são cuidadosamente mantidos. Os machos não dominantes possuem um território definidos e estes não podem circular em territórios de machos dominantes. Em tocas não organizadas e ninhos pobremente mantidos, as fêmeas, quando entram no cio, são seguidas por vários ratos machos e podem se acasalar uma centena de vezes em uma noite até que condições de estresse resultem em uma baixa muito grande na reprodução. Esse fator é considerado o responsável pelo controle da população de ratos.

A fêmea pode apresentar de 4 a 12 mamas (sempre em número par). O período de gestação é de 21 a 22 dias em fêmeas não lactantes e de 23 a 29 dias em fêmeas lactantes. Geralmente nascem 8 jovens e as fêmeas podem se acasalarem novamente em apenas 3 a 5 meses, após o último parto. A maturidade sexual se dá em torno dos 80 dias. Os ratos podem viver por até 4 anos.

Há muitas espécies que são prejudiciais ao homem, tanto em termos econômicos quanto sanitários. Espécies de camundongos atacam celeiros (ou depósitos de grãos) tornando mais fácil o ataque de fungos e bactérias a esses grãos, além de se alimentarem vorazmente dos grãos, baixando a produtividade. Podem transmitir doenças quando em contato com o ser humano, principalmente, através de suas fezes e urina, que transmitem a leptospirose.