Artes

Modernismo em Portugal

O modernismo em Portugal se estabeleceu a partir da criação da Revista Orpheu. A escola artística teve influências do Cubismo, do Futurismo e do Surrealismo.

O movimento modernista começou a se desenvolver no início do século XX e durou até o ano de 1970, considerado o período que marcou o fim do Estado Novo.

O surgimento da revista Orpheu foi o pontapé inicial para o movimento. A revista foi publicada pela primeira vez em 1915, sob a influência das correntes estéticas que ganhavam espaço na Europa, como o Futurismo e o Expressionismo.

Entre os principais nomes do modernismo de Portugal estavam: Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros.

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Características do Modernismo em Portugal

O modernismo propôs uma mudança significativa para a cultura e os valores portugueses, criando uma nova realidade. A revista Orpheu influenciou muito o movimento e a geração de artistas da época. Essa influência foi constatada em todas as áreas, principalmente na literatura.

As principais características do movimento foram:

  • O rompimento com o passado;
  • A defesa da anarquia;
  • A irreverência;
  • O nacionalismo crítico;
  • A ironia;
  • O questionamento sobre a realidade social e cultural da nação;
  • Uma ruptura de padrões;
  • Ausência de Sentimentalismo;
  • Oposição às normas;
  • Originalidade;
  • A inovação.

O Modernismo em Portugal existiu durante um período conturbado da história do país. O movimento surgiu na época das guerras mundiais e no momento em que a república foi proclamada em Portugal. Existia um conflito político entre conservadores e grupos políticos que buscavam a inovação.

Gerações de Modernistas em Portugal

Existiram três gerações modernistas em Portugal. São elas:

A Geração de Orpheu – Primeira fase modernista do país, influenciada pela revista Orpheu. Teve o comando de Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros. Foi influenciada pelo Futurismo e o Expressionismo.

Revista Orpheu
Revista Orpheu

Presencialismo – Foi a segunda fase modernista em Portugal, marcada pelo experimentalismo. Os principais representantes foram José Régio, Adolfo Rocha, João Gaspar Simões, Miguel Torga e Irene Lisboa.

Neorrealismo – Essa fase surgiu em um momento histórico conturbado, em que a Europa passava por uma crise econômica. Os principais representantes foram Alves Redol, Manuel da Fonseca, Afonso Ribeiro, Joaquim Namorado, Mário Dionísio, Vergílio Ferreira, Fernando Namora, Mário Braga e Soeiro Pereira Gomes. Foi um momento de crítica e de divulgação do pensamento marxista. As principais publicações da época foram as revistas Seara Nova, Sol Nascente e o Diabo.

Houve ainda a fase do Surrealismo, que, para muitos estudiosos, marcou o fim do modernismo em Portugal. A literatura dessa época foi marcada pela livre associação de ideias e por um caráter figurativo. Os principais nomes foram Antônio Pedro, José Augusto França, Alexandre O’Neill e Mário Cesariny de Vasconcelos.