Geografia

Missão Brasileira no Haiti

Depois da queda do presidente do Haiti (em junho de 2004), Jean-Bertrand Aristide, o Conselho de Segurança da ONU estabeleceu uma missão de paz para estabilizar o país. Os principais objetivos da missão são desarmar grupos guerrilheiros, promover eleições livres, formar o desenvolvimento econômico e político do local.

Em 2001, Jean-Bertrand venceu as eleições presidenciais, porém menos de 10% da população participou do processo eleitoral. A oposição começou uma campanha contra o presidente eleito até convencer que organismos internacionais interviessem no governo recém-eleito. Mesmo com Jean Bernad cedendo a algumas pressões, forças rebeldes tomaram conta do país em fevereiro de 2004. França e Estados Unidos culpavam o presidente eleito pela situação de crise política. Depois de deixar o poder, o Haiti precisou uma “força internacional para assegurar a paz e a ordem no país”. A partir de então, o Brasil ficou responsável pela coordenação da Missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti.

O Brasil encarou o desafio com boa vontade. Em um ato de demonstração de política de boa fé, a Seleção Brasileira de Futebol chegou a enfrentar a Seleção do Haiti depois de uma ordem do presidente Lula. Alguns generais brasileiros passaram pelo comando da missão. Um deles foi encontrado morto no hotel onde se hospedava. Depois disso, um general chileno chegou a comandar a missão. Ao todo foram 7 comandantes-generais envolvidos e efetivos militares de 20 países.

Desde que começou a missão, em 2004, 35 integrantes morreram (22 brasileiros), sendo que 18 militares brasileiros faleceram no terremoto do dia 7 de janeiro de 2010. Um dia, quando perguntava a um soldado brasileiro se ele queria ir para o Haiti integrar a missão (pois havia uma gratificação em dinheiro para quem participasse), ele me disse que não queria, por que lá, a qualquer momento, poderia morrer com uma bala na cabeça por defender um país que nem dele é. Faz sentido?

Juliana Miranda – Equipe do GrupoEscolar.com