Tecnologia

Inteligência Artificial

Expressão utilizada para designar a habilidade de quaisquer mecanismos artificiais que possam desempenhar, ainda que relativamente, atividades análogas às atividades mentais relacionadas à inteligência humana.

Por um lado, os estudos que levam ao desenvolvimento no campo da ciência orientada à Inteligência Artificial levam em conta a pesquisa fisiológica e psicológica acerca dos processos mentais humanos.

Por outro lado, a pesquisa sobre a Inteligência Artificial orienta-se para a análise de sistemas avançados de computadores e softwares capazes de realizar tarefas análogas à mente humana.

No tocante a esta área de desenvolvimento, engenheiros de software e hardware procuram realizar pesquisas em conjunto para o desenvolvimento dos chamados supercomputadores, procurando tornar tais equipamentos capazes de processar informações com estabelecimento de vínculos entre palavras, idéias e associações a outras idéias.

Para isso, é necessária uma ampla investigação sobre a lógica estrutural da linguagem.

Apesar dos grandes avanços tecnológicos na área da Informática, em que os supercomputadores chegam a processar bilhões de dados em apenas segundos, a pesquisa sobre o desenvolvimento da capacidade das máquinas para a realização de vínculos linguísticos entre palavras e idéias está apenas se iniciando, não tendo alcançado muito progresso em vários anos de pesquisas pelo motivo da própria dificuldade na compreensão da complexidade do pensamento humano.

As aplicações para a Inteligência Artificial variam, desde a finalidade de pesquisa na competição com adversários humanos em jogos (por exemplo, xadrez), na medicina (para o estabelecimento de diagnósticos para os diversos sintomas de doenças).

Um famoso caso de supercomputador desenvolvido inicialmente com a finalidade de derrotar um grande mestre internacional do xadrez foi o Deep Blue, o primeiro computador a derrotar o campeão Gary Kasparov. Possuindo avançados recursos de processamento, o Deep Blue foi programado através de uma pesquisa em conjunto entre desenvolvedores avançados de software e estudiosos do xadrez, que buscaram pesquisar em que o campeão Kasparov poderia falhar através de uma imensa catalogação e análise de suas partidas.

Enquanto Kasparov, um dos maiores mestre da história do Xadrez, possui a capacidade de prever três movimentos em dado período de tempo, o Deep Blue por sua vez poderia prever milhões.

Apesar dessa discrepância, Kasparov já havia derrotado anteriormente outros computadores com capacidade de processamento similar, porém o Deep Blue foi programado inclusive para comportar-se como um jogador “humano” no sentido de irritar o adversário através de alguns movimentos enxadrísticos e, ainda, através do deliberado atraso em algumas jogadas simples.

Por outro lado, o próprio computador não possuía a capacidade de irritação humana, deixando portanto o jogador Kasparov em certa desvantagem nesse sentido.

Apesar deste feito empreendido pela ciência da Inteligência Artificial, apenas os primeiros passos neste campo de pesquisa foram dados, pois o pensamento humano envolve muito mais do que o simples raciocínio lógico ao contar com experiência, padrões de memória muito diversos da natureza da memória encontrada nos computadores e ainda a capacidade de aprendizado virtualmente ilimitada.

Muitos estudiosos chegam a afirmar, mesmo em longo prazo, a total impossibilidade de reprodução integral dos padrões do pensamento humano por máquinas, tendendo assim a abolir o próprio conceito da Inteligência Artificial.