Biografias

Camilo Pessanha

Camilo de Almeida Pessanha foi um importante poeta português, nascido em Coimbra, no dia 7 de setembro de 1867. Considerado um dos mais expressivos poetas do simbolismo português, Pessanha antecipou as características da fragmentação moderna.

Camilo Pessanha foi filho de Francisco António de Almeida Pessanha e Maria Espírito Santo Duarte Nunes Pereira. Ele era um estudante aristocrata e ela era sua empregada doméstica.

Camilo de Almeida Pessanha estudou o curso primário em Lamego e concluiu seus estudos básicos no Liceu Central de Mondego. O ingresso na Universidade de Coimbra aconteceu em 1884.

Pessanha se formou em direito na Universidade de Coimbra e trabalhou como procurador, advogado, professor de filosofia e juiz de comarca ao longo de sua carreira. Ele atuou profissionalmente em Macau, na China.

Ao longo de sua vida profissional, Pessanha se dedicou à poesia. Ele publicou seus poemas em jornais e revistas e lançou um livro em 1920, chamado de Clepsidra. Os poemas de Clepsidra foram selecionados por Ana de Castro Osório e João de Castro Osório.

Vida e obra de Camilo Pessanha

Foto do Camilo Pessanha

Nos anos de 1945, 1954 e 1969, a obra Clepsidra original recebeu novos poemas de Camilo Pessanha, sendo ampliada. Na imprensa, Pessanha trabalhou em revistas como a Atlantida, a Ave Azul e a Contemporânea.

De acordo com os especialistas em literatura, a obra de Camilo Pessanha é pequena, porém com grande relevância para o fortalecimento da produção literária em língua portuguesa.

Camilo Pessanha morreu em primeiro de março de 1926 em Macau, na China, aos 58 anos de idade. Sua morte foi associada ao abuso de ópio e a complicações de uma tuberculose. O corpo do poeta foi sepultado no Cemitério São Miguel de Arcanjo, em Macau.

Por conta de sua obra e importante contribuição à poesia portuguesa, Pessanha foi homenageado na Câmara Municipal de Lisboa em 1949. Camilo Pessanha foi o mais importante representante do simbolismo. Sua obra foi marcada por uma linguagem que rejeitava o mundo material e expressava um certo pessimismo.

Pessanha levou uma vida boêmia. Alguns de seus poemas e textos mais marcantes foram “Segundo Amante”, “Madalena”, “Viola Chinesa”, “Rosas de Inverno”, “Desejos”, “Branco e Vermelho”, “Caminho”, “Canção da Partida”, “Crepuscular”, “Em um Retrato”, “Estátua”, entre outros. Pessanha também teve uma publicação póstuma, chamada “China”, que apresentava uma coletânea de artigos sobre a cultura chinesa.

Camilo Pessanha foi um poeta extremamente admirado por outros importantes escritores portugueses, como Fernando Pessoa e Antônio Nobre. Dessa forma, ele se tornou uma grande referência para a chamada Geração de Orpheu.

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