Biologia

Bioterrorismo

É considerado bioterrorismo um ataque que utiliza vírus, bactérias e agentes biológicos para exterminar pessoas, animais ou plantações.

A maior parte dessas armas biológicas são encontradas na própria natureza, mas são nos laboratórios que essas substâncias são mutadas, fazendo com que seu poder destrutivo seja ainda mais letal.

Pode ser muito assustador, mas o objetivo do bioterrorista é infectar o maior número de pessoas, de forma que o vírus, bactéria ou agente biológico seja percebido apenas tardiamente, quando as chances de contenção se tornam muito baixas ou inexistentes.

Nos dias atuais existem quatro categorias de agentes de transmissão biológica conhecidos

  • O primeiro deles é o vírus. Alguns exemplos de vírus que podem ser utilizados em um ataque biológico são o ebola, a varíola, as gripes, etc. A transmissão de um vírus é facilitada por diversos fatores corporais e de contato, como pelos espirros, as secreções e a tosse.
  • A segunda categoria é composta pelas bactérias, e podemos citar algumas como o anthrax e o botulismo.
  • Já a terceira categoria diz respeito às rickéttsias que, assim como os vírus, precisam estar dentro das células corporais para sobreviver, esse tipo de agente é transmitido por roedores e insetos, como ratos, baratas, moscas, etc.
  • A quarta e última categoria é composta pelas toxinas biológicas, em que podemos encontrar uma das substâncias mais tóxicas do planeta, conhecida como ricina. A ricina é produzida a partir do processamento da mamona. É uma substância letal que, se ingerida, inalada ou injetada, pode causar náuseas, vômitos, hemorragia interna e, por fim, falência de órgãos, segundo o CDC (Centro de Controle de Doenças dos E.U.A).

Contágio

A forma de contágio dessas armas biológicas assume diversas facetas, e uma delas é a aerossolização, quando as partículas são divididas e se tornam mais leves que o ar, facilitando sua disseminação.

Também podem acontecer ataques bioterroristas através da contaminação da água, da comida ou aplicando o agente biológico diretamente num grupo de pessoas.

O primeiro ataque de bioterrorismo de que se tem notícia aconteceu no século VI antes de Cristo, quando os assírios decidiram contaminar os poços em que seus inimigos bebiam água com um determinado tipo de fungo.

Durante guerras ao longo da história humana, muitas infecções foram usadas contra os inimigos, e muitas vezes mataram mais do que a guerra em si.

No ano de 1970 o uso de armas biológicas foi proibido pela ONU. Mesmo assim no ano de 2001 diversas cartas foram enviadas para a casa branca contendo anthrax, uma substância altamente tóxica com poder mortal.

Bioterrorismo, anthrax

Nos dias atuais, as maiores nações do mundo possuem amostras das mais variadas doenças existentes na história da civilização, tais amostras estão espalhadas por laboratórios de pesquisas, e são manipuladas com a intenção da busca pelo conhecimento da ação dos vírus, fungos e bactérias que possuem um poder letal.

Conclusão

Mas esse é também um recurso perigoso! Em mãos erradas e com objetivos criminosos, tais elementos podem ser utilizados para contaminar boa parte da população, o que seria um caos, pois grande parte dos sistemas de saúde mundiais não possuem preparo ou recursos para lidar com uma pandemia de caráter mundial.

Por mais que, até onde sabemos, a Covid-19 não seja uma arma biológica criada em laboratório, podemos, nos dias atuais, visualizar os efeitos de uma pandemia global, percebendo como o vírus se espalha de forma rápida, muitas vezes silenciosamente, e com alta taxa de letalidade. O número de mortos tem alcançado níveis jamais vistos, e tudo isso sem o propósito de uma arma biológica, imaginem então uma pandemia criada para matar.

REFERÊNCIAS:
HENDRIX, Luiz. Bioterrorismo: o poder das armas biológicas. Canal Luiz Hendrix, 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ouPgM5mOFpg. Acesso em: 06 jan. 2021

BBC, NEWS. O que é a ricina, substância letal encontrada em carta para Trump. BBC News, 2020. Disponível em:https://www.bbc.com/portuguese/internacional. Acesso em: 06 jan. 2021